O STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu prisão domiciliar a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, que está foragida. A informação é da repórter Julia Kallembach, da rádio BandNews FM, no Rio de Janeiro.
Julia Emilio Mello Lotufo, de 29 anos, precisará usar uma tornozeleira eletrônica. No pedido de habeas corpus, a defesa condiciona a entrega da acusada ao acolhimento do pedido de prisão domiciliar.
Os advogados alegam que Julia não se entregou à Justiça porque corre risco de vida.
Na decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, não ficou provado que a acusada está foragida, já que não foram devidamente esclarecidas às diligências adotadas e o esforço empregado para o cumprimento do mandado de prisão.
Além do uso de tornozeleira eletrônica, o ministro determinou a entrega do passaporte, a proibição de manter contato com outros presos e a apresentação ao tribunal quando necessário.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, Julia Lotufo seria a responsável pela contabilidade do grupo paramilitar comandado por Adriano da Nóbrega, que atuava no Rio das Pedras, na Zona Oeste, e é considerada peça fundamental para esclarecer o tamanho do patrimônio adquirido pelo miliciano, que foi morto em 2020, na Bahia.