Um dos principais estrategistas da campanha eleitoral de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2016, Stephen K. Bannon, figura influente da extrema-direita do país, foi condenado nesta sexta-feira (21) a quatro meses de prisão e ao pagamento de multa de US$ 6,5 mil.
Bannon, de 68 anos, foi alvo de duas acusações de desobediência ao Congresso norte-americano, por ter se recusado a ceder documentos e a prestar depoimento na comissão de inquérito à invasão do Capitólio.
Principal conselheiro da Casa Branca entre janeiro e agosto de 2017, Bannon é um de quatro antigos funcionários da gestão Trump que a comissão de inquérito denunciou ao Departamento de Justiça, nos últimos meses, por não terem colaborado nas investigações.
Ao contrário do que aconteceu no caso de Bannon, o Departamento de Justiça decidiu não deduzir acusações contra dois outros ex-colaboradores de Trump — Mark Meadows, chefe de gabinete da Casa Branca, e Dan Scavino, principal assessor de comunicação. O quarto elemento — Peter Navarro, conselheiro de assuntos económicos na Administração Trump — vai ser julgado em novembro.
Durante a leitura da sentença, nesta sexta-feira, o juiz Carl Nichols, de Washington, corroborou o entendimento da acusação de que Bannon tinha de ser condenado, no mínimo, a um mês de reclusão numa cadeia e não em prisão domiciliária.
A sentença ficou menor do que o pedido feito pelo Departamento de Justiça, no início da semana, de seis meses de prisão e uma multa de US$ 200 mil.
A pena começará a ser cumprida no dia 15 de novembro, se os advogados de Bannon não recorrerem da sentença anunciada nesta sexta-feira; como os advogados já indicaram que vão recorrer, a aplicação da pena ficará em suspenso até à decisão do recurso.