Quem tomou Astrazeneca como primeira dose e irá tomar Pfizer na segunda precisará assinar um termo de compromisso no estado de São Paulo, segundo informações do repórter Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes. As pessoas foram pegas de surpresa ao irem aos postos nesta segunda-feira (13), pois não tinham conhecimento da medida tomada pela prefeitura.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo anunciou na última sexta-feira (10) que o início da aplicação nesta semana para quem estiver com a 2ª dose da vacina Astrazeneca atrasada. O motivo é a falta do imunizante da fabricante no estado.
Serão vacinados os que estiverem com a segunda dose vencida entre 1º e 15 de setembro.
Neste fim de semana, 400 mil doses que chegaram nos últimos foram entregues aos municípios e remanejadas para aplicação da segunda dose. Vacinas da Pfizer em estoque também já poderão ser aplicadas.
Nesta segunda, começou a capital começou a aplicar a Pfizer. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a oferta das doses de marca diferente é de forma “excepcional e emergencial”.
Segundo estimativa da prefeitura, atualmente há 340 mil pessoas que podem ser vacinadas dessa forma.
A medida vem em meio à falta de imunizantes da AstraZeneca no estado. O governo de São Paulo confirmou a falta vacina em todas as cidades.
Na última sexta-feira (10), o governador João Doria afirmou que vai recorrer ao STF caso São Paulo não receba um milhão de vacinas - que seriam usadas para aplicação da segunda dose - por meio do governo federal. De acordo com Doria, há um atraso na entrega.
Na última quinta-feira (9), o Ministério da Saúde negou que esteja devendo doses da AstraZeneca para o estado. “As 2,8 milhões de doses não foram enviadas porque o prazo de intervalo entre a primeira e segunda dose só se dará no final do mês”, disse o ministério quando procurado pela BandNews FM.
A intercambialidade desses imunizantes foi chancelada pelo Comitê Científico do Governo do Estado e pelo PEI (Programa Estadual de Imunização), que embasaram a decisão em estudos da OMS (Organização Mundial de Saúde) e orientações do próprio Ministério da Saúde. A decisão também foi aprovada em deliberação com o Cosems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo)