A prefeitura de São Paulo estuda transferir os blocos do carnaval de rua para o Autódromo de Interlagos. A informação foi obtida com exclusividade pela jornalista Mônica Bergamo, colunista do BandNews TV.

Já os desfiles de escolas de samba seguem mantidos para o Sambódromo do Anhembi, já que há formas de fazer o controle sanitário do local.

O prefeito Ricardo Nunes disse à jornalista que o “martelo ainda não foi batido”, mas que a mudança é uma sugestão para garantir a segurança sanitária do evento em meio ao cenário de alta recente de novos casos de Covid-19, além da epidemia do vírus Influenza, que causa a gripe. Uma reunião sobre o tema será feira nesta quinta-feira (6).

Com esse controle, seria possível permitir o ingresso apenas de pessoas vacinadas com ao menos duas doses dos imunizantes contra o coronavírus.

Caso a mudança seja sacramentada, o tamanho da folia de rua teria de ser menor do que era antes da pandemia. Atualmente, são 696 blocos autorizados a desfilar em vários pontos da capital paulista. Uma ideia seria fazer um sorteio dos blocos que poderiam estar no autódromo, que fica na zona sul e tem histórico de receber grandes eventos além das corridas, como festivais de música, por exemplo.

Segundo Nunes, o Carnaval paulistano gera receita de R$ 2,7 bilhões e atrai turistas de outros estados. Apenas a Ambev, que tem patrocínio fechado de R$ 23 milhões, geraria 20 mil empregos com os vendedores de cerveja.

O prefeito avalia que a situação do sistema público de saúde de São Paulo não está sob pressão atualmente, já que 35 pessoas estão internadas em UTIs - o número já passou de 1.400 no pico da pandemia.

Já o Rio de Janeiro, também destino dos foliões para os grandes blocos, anunciou nesta terça o cancelamento do Carnaval de rua de 2022 por conta da alta de casos de Covid-19 e a disseminação da variante ômicron.