SP garante que custos após cratera em obra de metrô serão apenas de empresa

"Todos os custos advindos destas operações serão suportados pela Acciona", disse o governador João Doria

Por Da redação

Todos os custos advindos destas operações serão suportados pela Acciona, disse João Doria
Governo de São Paulo

O Governo de São Paulo garante que todos os custos referentes à obra da estação Santa Marina do metrô serão pagos pela empresa espanhola Acciona, responsável pela construção. As obras cederam nesta terça-feira (1º), causando danos na Marginal Tietê.

O Palácio dos Bandeirantes informou que o problema foi causado pelo rompimento de uma tubulação de esgoto próximo a um poço de ventilação da estação, o que provocou um buraco no asfalto localizado acima das obras. As causas ainda estão sendo apuradas.

Segundo o governador João Doria (PSDB), a empresa espanhola será responsável por arcar não apenas com a obra em si, mas também com a recuperação física do local e com ações para solucionar os problemas de tráfego provocados na região.

“Todos os custos advindos destas operações serão suportados pela Acciona. A aciona é uma empresa internacional, de capital espanhol, e ela tem extrema seriedade. Nós confiamos na Acciona e ela assumiu a responsabilidade sobre esses custos, sejam eles da obra, sejam eles de recuperação física do espaço, sejam também das medidas que a Prefeitura terá que adotar, ainda que temporariamente, para melhorar o fluxo na região”, disse Doria em entrevista coletiva nesta quarta-feira (2).

Desde a terça-feira, a Acciona tem utilizado caminhões e betoneiras para preencher o poço de ventilação com rochas e fechar a cratera com concreto. Posteriormente, a empresa pretende bombear o esgoto acumulado para avaliar a tubulação danificada e, assim, iniciar o processo de estabilização do solo para recuperação das pistas da marginal.

De acordo com o governador, não houve vítimas no desmoronamento das obras da estação, que integra o projeto da linha 6-laranja do metrô. Operários da obra foram atendidos, e foram medicados e higienizados após terem contato com a água do local. Depois, foram liberados.

Doria ainda cobrou que a empresa retome as obras a curto prazo. “Solicitamos à Acciona que não medisse esforços e nem investimentos para a recuperação da Marginal Tietê. Entendemos que acidentes podem ocorrer, embora não devessem, e recebemos uma resposta positiva para o atendimento imediato e investimento no que for necessário para a rápida recuperação da obra da Linha 6 e, principalmente, da funcionalidade da Marginal Tietê”, completou.

Galeria de Fotos

Desmoronamento em obras do metrô de São Paulo
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As obras para estabilizar a cratera na Marginal começaram com mais intensidade nesta quarta (2). Caminhões jogarem rochas para preencher erosãoGoverno do Estado de São Paulo/Divulgação
O governo paulista calcula entre 3 a 11 dias para voltar a liberar pista central da Marginal TietêGoverno do Estado de São Paulo/Divulgação
Máquinas atuam para estabilizar a erosão da cratera. Cerca de 100 homens trabalham no localGoverno do Estado de São Paulo/Divulgação
Linha 6-laranja ligará estações São Joaquim e Brasilândia do metrô de São PauloOuvintes/BandNews FM
Água invade duto da futura estação Santa Marina do metrô de SP após obra atingir duto de esgotoBandNews TV/Reprodução
Imagem aérea mostra dimensão da cratera na Marginal Tietê, em SP, após acidente em obra do metrô nesta terça 1º)Carla Carniel/Reuters
Imagem aérea mostra dimensão da cratera na Marginal Tietê, em SP, após acidente em obra do metrô nesta terça 1º)Carla Carniel/Reuters
A Sabesp confirmou o rompimento de uma tubulação de esgoto durante execução das obras da Linha 6 do MetrôCarla Carniel/Reuters
O rodízio municipal de veículos foi suspenso em São Paulo após o desabamento. A região da zona norte e oeste foram fortemente afetada com trânsitoCarla Carniel/Reuters

Segundo Paulo Galli, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, a Acciona prevê a possibilidade de colocação de estacas de contenção na obra para a liberação da pista central da Marginal Tietê até o dia 11 de janeiro. No entanto, a empresa admite que, dependendo dos danos e da celeridade dos reparos, a pista pode ser liberada para o tráfego até o começo da próxima semana.

Galli informou ainda que um comitê foi constituído para acompanhar a situação da obra, inclusive nas partes financeira, ambiental e de engenharia. Além da Secretaria Estadual de Transporte Metropolitanos, o colegiado reunirá ainda representantes do Metrô de São Paulo, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), da Prefeitura de São Paulo, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Defesa Civil, entre outras entidades.

O presidente da Acciona no Brasil, André Angelo, informou que a obra “não paralisou e não vai parar”. Segundo ele, não houve ruptura da obra e nem esgoto sendo bombeado para o rio Tietê.

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