Familiares do jovem negro morto após ser baleado no rosto por um PM durante abordagem na zona leste de São Paulo vão pedir que a Promotoria investigue o Hospital Geral de São Mateus. As informações são de Milena Teixeira, da BandNews FM.
No início do mês de abril, Thiago Duarte de Souza, de 20 anos, que tinha deficiência intelectual, foi atingido após ser parado por um policial militar que estava de folga e à paisana.
O jovem estava com um colega que foi reconhecido como autor de um roubo de carro. No entanto, a vítima não apontou Thiago como um dos ladrões.
A família cobra que a unidade de saúde explique onde está o projétil que atingiu o rapaz, já que a bala não foi encontrada durante a necropsia no Instituto Médico Legal.
Anteriormente, funcionários do local afirmaram que o projétil estava alojado no corpo de Thiago.
A articuladora da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, que vem dando assistência à família de Thiago, diz que o hospital precisa explicar o que aconteceu.
Segundo Marina Fefferman, nos próximos dias, os parentes vão procurar a Corregedoria para denunciar formalmente o policial militar Denis Augusto Amista Soares.
A Secretaria de Segurança Pública diz que todas as circunstâncias relacionadas aos fatos são investigadas pelo 54º Distrito Policial, de Cidade Tiradentes.
A pasta também afirma que o PM, que estava de folga na ocasião, segue no serviço administrativo.
Segundo a SSP, a conduta dos outros policiais envolvidos no atendimento da ocorrência é apurada pela Polícia Militar, em inquérito e procedimento interno administrativo.