Os soldados israelenses preparavam os explosivos para derrubar dois prédios no campo de refugiados de Maghazi, no centro de Gaza, quando um terrorista do Hamas disparou uma granada contra um tanque estacionado por perto.
O impacto acionou os explosivos e os dois prédios caíram sobre os soldados: 24 mortos, o recorde de 109 dias de guerra em que 217 soldados morreram.
Nas últimas 24 horas, 195 palestinos foram mortos, subindo para 25.490 o total contabilizado pelo Ministério da Saúde do Hamas. Outros 63.354 estão na conta dos feridos.
No final do dia, Israel anunciou ter concluído o cerco a Khan Yunis, a segunda maior cidade de Gaza. Se confirmado, isso significa que tanto o norte quanto o sul da Faixa de Gaza estão em poder das forças israelenses.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou em prosseguir até “a vitória absoluta”, ao lamentar a morte dos 21 soldados. No Egito, foi revelado a nova oferta que ele ofereceu pela libertação dos reféns: dois meses de cessar-fogo e a saída segura para o exílio da liderança do Hamas.
Netanyahu tornou-se uma ilha de pressões. Da Europa e dos Estados Unidos, pelo caminho da solução de dois estados, logo que encerrada a guerra.
Dos familiares dos reféns, que ontem invadiram o Parlamento em Jerusalém, pela prioridade às negociações para libertá-los, e não pela vitória na guerra —objetivos que não são compatíveis. Da oposição israelense, por eleições antecipadas.