Soldado israelense deixa o Brasil após Justiça determinar investigação por crimes de guerra

Homem é alvo de ação judicial de uma entidade pró-palestina pela demolição de casas civis na Faixa de gaza

Soldado israelense deixa o Brasil após Justiça determinar investigação por crimes de guerra
Veículos militares de Israel nas Colinas de Golã
REUTERS/Jamal Awad

Um soldado israelense que passava férias na Bahia deixou o Brasil neste domingo (5) após a Justiça ordenar que ele fosse investigado por crimes de guerra na faixa de Gaza enquanto passava férias no país. 

O homem era alvo de uma ação judicial da Fundação Hind Rajab, que o acusa de participar da “demolição de diversas casas de civis durante o conflito em Gaza”. 

A entidade é uma organização pró-Palestina que busca ações legais contra supostos crimes de guerras perpetuados na região. 

A juíza Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, atendeu o pedido de investigação no último dia 30 de dezembro. 

A Polícia Federal ficou encarregada da investigação, já que o crime não foi cometido em solo nacional e o suspeito não era brasileiro.

O pai do soldado afirmou para a mídia israelense que um amigo dele foi notificado pela embaixada do país sobre a investigação e os aconselharam a deixar o Brasil. Ele ainda disse que o filho enviou uma mensagem na madrugada deste domingo avisando que “cruzou a fronteira”. 

Segundo o jornal “The Times of Israel”, o soldado sobreviveu ao ataque no festival Nova Music, em 7 de outubro de 2023, quando pelo menos 364 pessoas foram mortas durante uma ação do grupo terrorista Hamas. 

Em nota, a embaixada de Israel no Brasil afirmou que a ação criminal faz “Está explorando de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel tanto globalmente quanto no Brasil, apesar de saber plenamente que as alegações carecem de qualquer fundamento legal”. 



Leia a nota na íntegra

Israel está exercendo seu direito à autodefesa após o massacre brutal cometido pelo Hamas em 7 de outubro. Todas as operações militares em Gaza são conduzidas em total conformidade com o direito internacional.

Os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos e utilizam hospitais e instalações internacionais como infraestrutura para atos de terrorismo direcionados a cidadãos israelenses.

Israel está comprometido em facilitar e garantir a transferência de ajuda humanitária para Gaza. Essa ajuda é entregue diretamente através das fronteiras de Israel, em coordenação com as autoridades relevantes.

Por mais de duas décadas, uma campanha global tem como alvo Israel e os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), utilizando denúncias legais para avançar objetivos políticos. Notavelmente, em março de 2023, antes do conflito atual, autoridades do Hamas reconheceram abertamente em uma conferência em Gaza o uso estratégico de artifícios legais para promover os objetivos da organização.

O peticionário representa uma organização estrangeira e está explorando de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel tanto globalmente quanto no Brasil, apesar de saber plenamente que as alegações carecem de qualquer fundamento legal.

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