Após 78 anos, dois sobreviventes do Holocausto se encontraram pela primeira vez em Los Angeles, na última quarta-feira (18). George Berci e Frank Shatz podem ter cruzado caminhos em um campo de trabalhos forçados nazista ou ao trabalharem para a resistência húngara há quase 80 anos.
Os dois nasceram na Hungria. Eles fugiram do mesmo campo de trabalhos forçados. Shatz, de 96 anos e escritor, pontuou que ele e George podem fazer parte da última geração que vivenciou o regime mais desumano da Segunda Guerra Mundial.
“Um grande, grande prazer, que alguém que passou pela mesma coisa por que eu passei e sobreviveu, ainda esteja vivo. E nós podemos, agora, servir como a última geração que pode dizer ter experimentado isso. Nós sabemos o que foi o Holocausto e, depois de nós, serão os livros, os filmes, os museus, mas ninguém poderá dizer que esteve lá”, pontuou Frank.
Já Berci, de 101, é um cirurgião que ainda sai para trabalhar. Ele ressaltou a importância de eternizarem o que viveram para que grupos nazistas não ganhem mais forças.
“Nós somos muito afortunados por lembrarmos desses locais históricos, esses eventos históricos e sermos capazes de chegarmos a conclusões e poder chamar a atenção das pessoas do presente, que estão à nossa volta, para o que aconteceu e para o que devemos fazer para que isso nunca ocorra de novo”, disse Berci.
Atualmente, é difícil estimar o número de pessoas que sobreviveram ao Holocausto. Só os EUA registram 195 mil sobreviventes e parentes.