Sobe para seis o número de mortos em desabamento de ponte no Tocantins

Onze pessoas seguem desaparecidas, são 9 adultos e 2 crianças, segundo a Polícia Militar

Da Redação

Sobe para seis o número de mortos em desabamento de ponte no Tocantins
Veja imagens de como ficou ponte que desabou entre o Tocantins e o Maranhão
Reuters

A Marinha do Brasil mobilizou 44 militares para atuar na busca pelos desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta Tocantins e Maranhão e encontrou dois corpos nesta quarta-feira (25). Com isso, sobe para seis o número de mortos no desabamento. 

O efetivo reúne mergulhadores, tripulantes de aeronave, especialistas para analisar as águas dos rios e efetivos de agências e capitanias dos dois Estados. Em Belém, mais outros 20 integrantes participam do planejamento e da logística da operação.

Segundo comunicado da Marinha, as operações de mergulho acontecem em águas que chegam a até 40 metros de profundidade. Também participam da missão uma aeronave UH15 Super Cougar, três embarcações, duas motos aquáticas e seis viaturas.

Ainda nesta quarta-feira, a Polícia Federal informou que usará drones subaquáticos na operação para localizar as vítimas da queda da ponte. O trabalho será realizado pelo Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal, que fará uma varredura no Rio Tocantins.

Onze pessoas seguem desaparecidas, são 9 adultos e 2 crianças, segundo a Polícia Militar de Tocantins.

Responsabilidades pela queda 

Na terça-feira, 24, a PF instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pela queda da parte central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, no último domingo.

A ponte tem um contrato de manutenção em vigência até julho de 2026, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mas o órgão não conseguiu contratar uma empresa para fazer obras na estrutura.

Ao todo, três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins. 

O Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção na qual a água flui. Tudo isso até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.

O Dnit realizará as obras de restauro, com previsão de entrega em 2025 e sob o custo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, investidos pelo Governo Federal.

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