Ouvintes da Rádio Bandeirantes relatam que o sistema de dados de vacinação contra a Covid-19 registrou algumas falhas e problemas nos cadastros das pessoas que receberam doses em São Paulo.
Katia dos Santos Cortez recebeu a primeira dose no dia 15 de junho. Na semana passada, ela e a filha foram até o posto de saúde na Vila Formosa, na zona leste da capital paulista.
No local elas foram informadas de que não estavam cadastradas no sistema; e nada constava sobre terem tomado a primeira dose da vacina.
“Fui no posto e cheguei lá tive uma surpresa. Eu não estava nem cadastrada na primeira dose. Eles cadastraram a primeira e a segunda dose e eu tomei a segunda dose da CoronaVac”, disse Katia.
Já o marido da ouvinte Dona Neusa está com os dados da vacinação errados no Sistema do Estado. Na carteirinha digital, as datas da primeira e da segunda dose são iguais.
“A carteirinha digital do meu marido tem a mesma data nas duas doses da vacina. Foi digitada a data da segunda dose na primeira também”, contou Dona Neusa.
Como funciona?
Todos os que recebem a primeira ou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 no estado de São Paulo são cadastrados no sistema “VaciVida”.
Quem insere as informações são os próprios agentes, ou seja, as prefeituras abastecem o sistema do Estado e o Ministério da Saúde recolhe os dados do país todo.
É no site ConectSus que o governo federal busca os dados sobre o avanço da imunização contra a Covid-19.
Sem as informações corretas, o descontrole sobre as doses é maior, sem que os dados reflitam a realidade.
Por isso, é importante uma constante atualização desse banco de dados, afirma infectologista Evaldo De Araújo.
“O correto preenchimento das bases de dados relacionados a todos os indicadores de saúde, em especial as vacinas, ele é essencial, porque a partir daí é que você faz uma estimativa de cobertura vacinal, de estoque, faz o planejamento das doses subsequentes e pode ter uma ideia de como é que está sendo a progressão da vacinação e quais as próximas etapas de vacinação do ponto de vista de prevenção”, disse Araújo.
Em nota, o Ministério da saúde afirma que a responsabilidade pela alteração das informações no sistema é da gestão local, das prefeituras e dos estados.
O Estado informa que a responsabilidade é das prefeituras. Já o município de São Paulo informa que para evitar que as equipes passam por constante orientação e treinamento.