Síria tem 3.688 mortes confirmadas em áreas de governo e facções após terremoto

Registros podem ser subnotificados no país em guerra civil desde 2011

Narley Resende

O número de mortos na Síria pelos terremotos de magnitude 7,8 e 7,6 graus na Escala Richter, cujo epicentro foi Kahramanmaras, na Turquia, subiu para 3.688 registradas, conforme a soma de dados oficiais do regime de Bashar al-Assad e de instituições que atual em áreas controladas por rebeldes de oposição no Noroeste do país. 

Na Síria, os trabalhos de busca e remoção de destroços continuam nas províncias de Idlib, Aleppo, Hama, Latakia e Tartus. 

De acordo com as informações compiladas da Rede Síria de Direitos Humanos (SNHR), Defesa Civil (Capacetes Brancos), autoridades locais, organizações de saúde e fontes locais, pelo menos 2.274 pessoas morreram em Idlib e Eufrates Shield e Olive. Mais de 12.400 pessoas ficaram feridas. 

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Muitos edifícios foram destruídos ou danificados em áreas controladas pela oposição no norte da Síria. 

Segundo a agência de notícias do regime de Assad, Sana, 1.414 pessoas perderam a vida e 2.349 pessoas ficaram feridas no sismo nas regiões sob controle do regime nas províncias de Aleppo, Latakia, Hama e Tartus. 

Assim, o número de mortos na Síria, afetada pelos sismos centrados em Kahramanmaras, aumentou para 3.688 e o número de feridos para 14.749. 

Milhares de sobreviventes do terremoto cujas casas foram destruídas ou danificadas passam a noite nas ruas, em mesquitas ou em tendas improvisadas.

Guerra na Síria

A Guerra Civil Síria começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe.

Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder e posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar combatendo terroristas armados que visam desestabilizar a nação.

Com o passar do tempo, a guerra deixou de ser uma simples "luta por poder" e passou também a abranger aspectos de natureza sectária e religiosa, com diversas facções que formam a oposição combatendo tanto o governo quanto umas às outras. 

Assim, o conflito acabou espalhando-se para a região, atingindo também países como Iraque e o Líbano, atiçando, especialmente, a rivalidade entre xiitas e sunitas.

Infográfico: BBC

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