O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) realizará assembleia para discutir se mantém ou não a greve de ônibus para a sexta-feira (7) na cidade.
Nesta quarta-feira (5), o sindicato e representantes do setor patronal concordaram em reabrir as negociações, desta vez com participação do Tribunal de Contas do Município (TCM)
A categoria pede reajuste salarial de 3,69% de acordo com a inflação oficial, mais 5% de aumento real e reposição das perdas decorrentes do período da pandemia. Do outro lado, as empresas sugerem um aumento de 2,77% e composição pelo salariômetro, determinada por partes fixas, gratificações e comissões, sem participação nos lucros e resultados – proposta que já foi negada.
“É uma greve de advertência. Até agora não avançamos nas negociações e temos reivindicações com a prefeitura. A greve de advertência, de 24h, é para mostrar tanto à população quanto às autoridades que estamos abertos ao diálogo”, completou o representante do SindMotoristas.
Prefeitura entra na Justiça
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse, na noite desta terça-feira (4), que a Prefeitura entrou na Justiça para tentar garantir que a frota de ônibus funcione integralmente na capital nos horários de pico.
“Determinei que a Procuradoria Geral do Município entrasse com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho para garantir o direito das pessoas contra os efeitos de uma possível greve dos ônibus”, publicou em rede social.
Segundo o prefeito, foram solicitados:
- 100% dos serviços de transporte no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h);
- Garantia de 80% da frota nos demais horários;
- Proibição de qualquer forma de bloqueio, tanto nas garagens quanto em vias públicas ou terminais;
- A intimação do MP do Trabalho para atuar na fiscalização de um serviço essencial;
- Multa diária de R$ 1 milhão pelo descumprimento de tais medidas.
Ainda de acordo com Nunes, ao receber a ação, a Justiça do Trabalho determinou a realização de uma audiência de conciliação, nesta quarta (05), entre representantes do sindicato da categoria e das empresas de ônibus. O encontro deve definir a continuidade ou não da previsão de greve.
“Uma medida importante para tentar chegar a um consenso que não prejudique os 7 milhões de passageiros que usam os ônibus diariamente”, concluiu o prefeito.