Silvio Santos sofreu sequestro dois dias após a filha, Patrícia; relembre

Apresentador, que morreu aos 93 anos neste sábado (17), foi feito refém pelo mesmo sequestrador que havia levado Patrícia Abravanel dias antes

Da redação

Silvio Santos sofreu sequestro dois dias após a filha, Patrícia; relembre
Silvio Santos e Patrícia Abravanel
Silvio Santos e Patrícia Abravanel (Foto: Arquivo)

Silvio Santos passou por momentos de tensão há 23 anos atrás, quando foi feito refém dias após o sequestro da filha, Patrícia Abravanel. O apresentador, que morreu neste sábado (17), aos 93 anos, viveu horas de terror sob a mira de Fernando Dutra Pinto, mesmo sequestrador de Patrícia.

O criminoso havia levado Patrícia, que saía para a faculdade em 21 de agosto de 2001, da mansão onde moravam no Morumbi. Após sete dias de negociações, ela foi libertada na madrugada de 28 de agosto. A família nega pagamento aos criminosos, mas rumores dizem que os sequestradores haviam recebido R$ 500 mil de resgate.

A polícia havia prendido dois criminosos, mas Fernando Dutra Pinto e outro criminoso estavam foragidos. Ele chegou a ser encontrado em um flat em Barueri, mas ele matou dois policiais e fugiu com um tiro nas nádegas. Ele voltou até a residência de Silvio Santos e então se escondeu, até o começo da manhã de 30 de agosto de 2001.

Às 7h, Fernando Dutra Pinto invadiu a casa da família e rendeu Silvio Santos na cozinha. Ele exigia um helicóptero e não negociar com a polícia. Ele manteve o apresentador refém e liberou a esposa de Silvio, Íris Abravanel, as filhas e os funcionários.

Após horas de negociação, o criminoso se rendeu quando o governador de São Paulo na época, Geraldo Alckmin, chegou para conversar com o sequestrador. Foram oito horas de sequestro.  Para a polícia, Fernando Dutra Pinto contou que só voltou a entrar no local para pedir ajuda a Silvio Santos.

O que aconteceu após a prisão?

Fernando Dutra Pinto morreu na prisão cinco meses após o caso, em 2 de janeiro de 2002. Ele sofreu uma parada cardíaca, mas, segundo um relatório da ONG Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, o sequestrador teria sofrido tortura e negligência médica. 

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