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Silvio Santos quase foi presidente do Brasil; campanha foi impugnada por Collor

Apresentador, que morreu aos 93 anos neste sábado (17), tentou se lançar na política em 1989, mas Tribunal Superior Eleitoral considerou partido ilegal

Da redação

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Silvio Santos: relembre a história de vida e carreira do apresentador
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Silvio Santos nasceu no Rio de Janeiro em 1930, e seu primeiro trabalho foi como camelôReprodução/SBT
E ele acabou se tornando uma das pessoas mais importantes da história da televisão brasileiraReprodução/SBT
Senor Abravanel se tornou Silvio Santos ainda na adolescênciaReprodução/SBT
Começou a carreira no rádio nos anos 1950, onde já se destacava por seu vozeirãoReprodução/SBT
As brincadeiras de auditório organizadas por Silvio, como "Topa tudo por dinheiro", marcaram geraçõesReprodução/SBT
"Porta da Esperança" foi um dos programas de destaque de SilvioReprodução/SBT
Silvio Santos no programa "Qual é a Música?"Reprodução/SBT
Silvio Santos no programa "Quer namorar comigo" Reprodução/SBT
Silvio Santos também inovou ao trazer formatos de programas que faziam sucesso no exterior, como o “Show do Milhão”Reprodução/SBT
O Teleton foi ao ar pela primeira vez em 1998, no SBT, e ajuda à pessoa com deficiência físicaReprodução/SBT
Por todo seu sucesso, ele recebeu inúmeros prêmios e homenagens no CarnavalReprodução/SBT
Apesar de não ter ocupado nenhum cargo político, Silvio Santos recebeu convites para se candidatar em algumas eleiçõesReprodução/SBT
Na vida pessoal, Silvio Santos se casou pela primeira vez com Cidinha Abravanel, que morreu de câncerReprodução/SBT
Depois, se casou com Íris Abravanel, com quem estava há 43 anosReprodução/SBT
Além da esposa, ele deixa seis filhas – Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata Reprodução/SBT
No início da pandemia, Silvio Santos se afastou do canal para ficar em isolamento nos Estados UnidosReprodução/SBT
O apresentador e empresário Silvio Santos morreu aos 93 anos, no dia 17 de agosto, em São PauloReprodução/SBT
Silvio Santos: relembre a história de vida e carreira do apresentador Reprodução/SBT

Silvio Santos não se aventurou apenas no mundo da mídia, das portas, perfumes e baús. O apresentador, que morreu aos 93 anos neste sábado (17), também tentou se lançar como político, na primeira eleição direta pós-ditadura militar, em 1989.

Na eleição em que Fernando Collor se saiu vencedor, Silvio Santos foi inscrito como candidato em outubro de 1989, pelo extinto Partido Municipalista Brasileiro, de centro-direita. Logo após o anúncio, pelo menos 18 pedidos de impugnação da candidatura e da cassação do partido surgiram no Tribunal Superior Eleitoral.

As eleições, que ocorreriam em 15 de novembro daquele ano, não assustaram Silvio Santos na época. Ele formalizou a candidatura faltando sete dias antes do prazo final para formalização das chapas. O vice dele seria Marcondes Gadelha, que foi deputado federal e senador pela Paraíba.

Em meio aos pedidos de impugnação da candidatura de Silvio Santos, pesquisas eleitorais da época mostravam que o apresentador atingiria o primeiro lugar com 29%, contra Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola.

Mesmo com a popularidade, a candidatura de Silvio Santos foi impugnada por diversas questões. Uma delas foi a Lei Complementar nº 5/70, que considerava inelegíveis candidatos que tenham exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em concessionárias, ou permissionárias de serviço público. No caso, Silvio era acusado de estar em funções administrativas no SBT.

Além disso, o partido de Silvio Santos não cumpria as exigências da Lei Orgânica dos Partidos Políticos, por não comprovar a realização de convenções regionais em nove estados e municipais em um quinto dos municípios brasileiros. Assim, o TSE considerou o PMB ilegal e a candidatura invalidada.

Eduardo Cunha foi principal ator da impugnação de Silvio Santos

Quem descobriu as falhas na candidatura do apresentador e no registro do partido foi a campanha de Fernando Collor, mais especificamente Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e membro da 'tropa de choque' do então candidato à presidência.

Eduardo Cunha descobriu o problema no registro do PMB e fez pedidos de impugnação da candidatura e a ilegalidade do partido, o que deu certo. Assim, ele ganhou a presidência da Telerj.

Candidatura passou por diversos problemas

Além das questões jurídicas da campanha, Silvio Santos passou por outro problema: como registrou a candidatura muito tarde, a propaganda eleitoral teve que passar por uma reformulação.

O TSE, que deixou as cédulas de papel prontas com antecedência, deixou registrado o nome de Armando Corrêa, antigo candidato do PMB. Em um dos vídeos mais lembrados da época da candidatura, Silvio aparece explicando a situação e mostrando que, se votasse em Corrêa, iria votar na realidade no apresentador.

Outra questão foi a própria propaganda, já que o Partido Democrático Trabalhista, o PDT, pediu a suspensão de propagandas do PMB por citar Corrêa, que não estava oficialmente inscrito. Propagandas de outros partidos também foram suspensas, por citar Silvio Santos.

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