Silêncio real na morte de Diana causou revolta e obrigou rainha a se pronunciar

Pronunciamento ao vivo na TV demorou cinco dias apór a morte da princesa

Da Redação

Rainha Elizabeth durante pronunciamento sobre morte de Diana, em 1997 Reprodução/Youtube
Rainha Elizabeth durante pronunciamento sobre morte de Diana, em 1997
Reprodução/Youtube

A rainha Elizabeth II, o príncipe Philip, príncipe Charles e seus dois filhos, William e Harry, estavam passando o verão em Balmoral, na residência de férias da monarca na Escócia, quando souberam da morte da princesa Diana, em 31 de agosto de 1997. O Reino Unido foi tomado por uma tristeza popular sem precedentes que abalou uma monarquia vista por alguns como indiferente.

Diana morreu em Paris vítima de acidente de carro, ao lado do então namorado Dodi al Fayed. Divorciada de Charles, ela não era mais tratada como futura rainha, mas ainda era o maior ícone de popularidade entre os súditos da monarquia britânica. Nos dias seguintes à tragédia, Elizabeth se manteve calada. 

Londrinos aos prantos começam a colocar flores em frente ao Palácio de Buckingham e ao Palácio de Kensington, a residência da princesa. A desolação foi agravada pelo silêncio da Família Real, que permanecia isolada em terras escocesas.

Os jornais expressam indignação porque a bandeira britânica não estava hasteada a meio mastro no Palácio de Buckingham e pediram que a rainha retornasse à Londres para resolver essas questões. Na época, o tabloide The Sun publicou: “Onde está nossa rainha? Onde está nossa bandeira?" Segundo o jornal, a ausência da bandeira era "um insulto cruel à memória de Diana".

A família, então, passou a discutir como tratar a princesa em sua morte, já que ela não era mais membro da família real. A princípio, Elizabeth queria que o funeral fosse privado. O pronunciamento veio cinco dias após o acidente que tirou a vida da princesa e foi televisionado ao vivo.

Usando preto num cenário que exibia uma janela ao fundo que esbanjava uma multidão  na frente do Palácio de Buckingham, Elizabeth II declarou suas palavras em luto ao episódio fúnebre: "Eu a respeitava e a admirava por sua energia e comprometimento com os outros, especialmente por sua devoção aos filhos. Ninguém que conhecia Diana a esquecerá jamais".

A redenção com o povo

A rainha Elizabeth não é obrigada a fazer reverências ou gestos de cortesias a outras pessoas, como é feito à ela para saudá-la. Porém, na ocasião que levou ao funeral de Diana, a monarca inclinou levemente a cabeça quando o caixão da princesa passava em frente ao Palácio de Buckingham. 

Diversos analistas afirmaram que o gesto foi essencial na reconciliação do povo com a família real, principalmente com a rainha, que sofreu ataques após sua decisão de manter silêncio a respeito da morte da princesa.

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