Sidney Magal celebra exposição e melhora após AVC: 'Fãs ajudaram a me recuperar'

Cantor participou do lançamento da exposição que celebra legado do artista no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo

Por Luiza Lemos

Após 11 dias internado e quase 20 shows adiados ou cancelados até agosto, Sidney Magal não pensa em desacelerar. O cantor, que inaugurou a exposição ‘Muito Mais que um Amante Latino’ no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo, contou para a Band que os fãs foram cruciais na recuperação do AVC que teve no fim de maio. 

O cantor, que saiu pela primeira vez após o AVC para participar da abertura da exposição, que ocorreu na segunda-feira (19), diz ter recebido o carinho dos fãs prontamente. “Fui almoçar fora e ao lado umas senhoras levantaram e disseram que estou nas orações delas desde o que aconteceu. Sei que foi por todo o Brasil isso, tanto que me recuperei, estou aqui”, afirma. 

Magal diz ter visto o amor dos fãs justamente no dia em que teve o pico de pressão, durante um show em São José dos Campos. “Comecei a passar mal, fiquei tonto e não esperava que o público compreendesse tão rapidamente e continuasse cantando todas as músicas até o fim do show. Eu na coxia, chamando a galera para cantar enquanto estavam preparando uma ambulância para me levar”, relembra com bom humor. 

"Essa é a maior prova de que as pessoas ainda querem você, ver você, ouvir você e é baseado nisso é que tenho a certeza que o impulso que essa exposição está dando é para que volte o mais rápido possível e isso vai acontecer”, celebra. 

A exposição, que conta com a direção do filho de Magal, Rodrigo West e a curadoria de Bruna Ramos da Fonte, teve uma abertura repleta de emoção. Durante o discurso de abertura, Magal agradeceu a presença de fãs ilustres, como uma que tatuou o rosto do cantor. 

Houve também um momento de emoção, quando o artista citou a força da esposa, Magali West, nesses mais de 40 anos de casamento. Segundo ele, foi ela quem o incentivou a ir para a TV, o cinema e seguir com a carreira, apesar dos assédios das fãs.  

Para a curadora Bruna Ramos da Fonte, a internação de Magal deu outro tom para a exposição. “Não celebramos só o legado dele, como também a vida dele e a nossa, logo após uma pandemia. Temos muito a agradecer e ouvir Magal, essa alegria de vida que ele tem, devemos ter cada vez mais”, afirma. 

“Foi um período muito emocionante, porque estávamos trabalhando na finalização dessa produção quando isso aconteceu. Então foi um momento onde todo mundo ficou emotivo, preocupado e disposto”, relembra Bruna Ramos da Fonte. 

E se engana quem pensa que o artista irá dar uma pausa longa nos palcos. O ‘amante latino’ espera voltar com a mesma energia. "Só espero ser mais acelerado, como era antes, como um touro indomável. Ainda não testei, vou testar. Não posso perder a energia, alegria, é o que o público espera de mim”, afirma. 

Exposição se torna presente de aniversário de Sidney Magal

A mostra, com os mais de 50 anos da carreira do artista, foi aberta como um presente de aniversário para o artista. Durante o evento, integrantes dos Correios, fãs e a família do cantor cantaram parabéns para o artista, que completou 73 anos na abertura da exposição. 

Galeria de Fotos

Exposição de Sidney Magal
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Sidney Magal inaugurou exposição no Centro Cultural dos CorreiosReprodução/Band
Trio de coletes foi destaque da carreira de Sidney Magal nos anos 1990Reprodução/Band
Ternos e outros figurinos originais estão na mostraReprodução/Band
Começo da carreira e nomes artísticos diferentes são curiosidades da exposição de Sidney MagalReprodução/Band
Ternos, figurinos e outras roupas de Sidney Magal Reprodução/Band

 

Para Magal, a exposição, além de impulsionar a volta dele aos palcos, é algo a se guardar para sempre. “Tudo o que é impressa no coração das pessoas é importante. E o público vive exatamente das novidades que a gente oferece para eles. Nunca houve uma mostra do Sidney Magal tão completa, tudo o que fiz reunido em um local só e os Correios resolveram me homenagear”, afirma e conta o que fãs podem esperar da mostra:

“Podem esperar lembranças maravilhosas, fotografias com meus pais, meus filhos, um pouco de tudo o que fiz. Lógico que não tem tudo do Sidney Magal, mas tem quase tudo”, diz Sidney Magal. 

A curadora da exposição, Bruna Ramos da Fonte, explica que o fio condutor da carreira de Magal são os figurinos do cantor. “Eles serão mostrados  ao público pela primeira vez. Sempre o admirei como ícone de moda, o figurino dele, a identidade através das roupas. Quando tivemos a ideia da exposição, escolhi como ponto de partida os figurinos, que por sorte, ele guardou muitos figurinos originais, maravilhosos”, conta. 

Com tanto material que Magal guardou, o espaço de 500m² se tornou um desafio para Bruna da Fonte. A exposição é montada como uma rosa, que fez parte da carreira dele na canção Sandra Rosa Madalena.  "Magal por sorte tem um carinho grande com o legado, então ele guarda muita coisa, tem muito material. Guardou, tinha pastas com matérias de jornal, ao longo da carreira inteira. O desafio maior foi limitar o espaço, se eu tivesse 10 vezes mais espaço, a gente teria conseguido preencher”, brinca. 

Para ela, os itens mais especiais são os coletes que Magal usou na época em que cantava lambada. "Gosto muito, esse trio que fazia parte do figurino da lambada dos anos 1990, ele usou na temporada de shows e televisão eram muito coloridos, extravagantes, até carnavalescos, só quem viu na época lembra. Tenho um carinho especial por todas as peças que têm aqui”, afirma. 

Sidney Magal vira selo dos Correios

A exposição marca outra homenagem para Sidney Magal. Quem visitar a mostra, poderá mandar uma carta para o artista com um selo especial feito para ele. O selo para cartas e encomendas enviadas pelo Correios tem uma imagem de Sidney Magal cantando com um dos figurinos expostos, uma rosa vermelha e o nome do cantor. 

Exposição ‘Muito Mais que um Amante Latino’

A mostra que homenageia Sidney Magal está disponível ao público de 20 de junho até o dia 29 de julho, no Centro Cultural dos Correios, na República, em São Paulo. O local fica na Praça Pedro Lessa, Centro Histórico de São Paulo. 

O horário da mostra, gratuita, é das 10h até 17h. Há estacionamentos próximos ao local, no Largo do Paissandu, Praça dos Correios, Praça Ramos de Azevedo e Rua Líbero Badaró. A Estação São Bento Linha 1-Azul fica a 50 metros do local. 

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