Setores da economia apoiam a reclassificação do estado de São Paulo para a fase vermelha, mas reclamam da falta de fiscalização intensiva sobre festas clandestinas. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes.
A partir de sábado, apenas serviços essenciais poderão funcionar até o dia 19 de março.
A Federação do Comércio estima que se a medida durar todo o mês, poderá gerar uma perda média de R$ 11 bilhões de reais ao varejo.
O resultado seria semelhante ao prejuízo mensurado nos meses de abril e maio, o período mais crítico da pandemia no ano passado.
Segundo o economista da entidade, Jaime Vasconcelos, o fechamento precisa estar acompanhado de medidas de amparo à economia.
A Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings vai enviar um ofício na próxima semana ao governo do estado pedindo que setor reabra a partir do dia 15 de março.
O presidente da Alshop destaca que as consequências do desemprego também serão desastrosas e defende o meio termo nas restrições.
Nabyl Shayon afirma que vai pedir para que as lojas fiquem fechadas por uma semana e retomem funcionando por oito horas diárias.
Já a Associação de Bares e Restaurantes vai criar um disk denuncia para documentar as festas clandestinas que continuam acontecendo sem nenhuma ação do poder público.
O documento será entregue à Prefeitura de São Paulo e ao Governo do estado; se nada for feito, será levado ao Ministério Público.
O presidente da Abrasel, Percival Maricato, diz que lamenta que os setores que seguem os protocolos sejam punidos e as aglomerações noturnas, não.
De acordo com a Abrasel, 72% de bares e restaurantes em São Paulo operam com prejuízo.