Senadores ironizam defesa de protocolo sanitário feita por Flávio Bolsonaro

Filho do presidente se indignou com possíveis sessões presenciais da CPI

Da redação com BandNews TV

Antes da votação que elegeu Omar Aziz (PSD-AM) como presidente da CPI, alguns senadores defenderam que a comissão não deveria ser instaurada nesse momento. Entre os defensores do adiamento estava Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República.

"Por que não esperar todo mundo se vacinar e fazer com responsabilidade esses trabalhos? Essa insistência em abrir a CPI agora, atropelando todos os protocolos, ignorando a questão sanitária, alguém vai ser responsabilizado em algum momento", afirmou Flávio Bolsonaro.

Essa insistência em abrir a CPI agora, atropelando todos os protocolos, ignorando a questão sanitária, alguém vai ser responsabilizado em algum momento

Ele criticou o presidente do Senado por atender decisão do Supremo que pediu a instalação da CPI: "O presidente Rodrigo Pacheco está errando, está sendo irresponsável, porque está assumindo a possibilidade de durante os trabalhos dessa CPI acontecerem mortes de senadores, mortes de assessores, mortes de funcionários aqui dessa Casa em função da Covid".  

A defesa veemente dos protocolos sanitários por Flávio Bolsonaro foi recebida com surpresa por alguns de seus colegas.

"O filho do presidente falou sobre aglomeração. Em primeiro lugar é muito importante comemorar. Será que ele deixou de lado o negacionismo e agora está contra a aglomeração? Será que ele melhorou ou o exemplo do governo continua sendo aquele do Pazuello ontem num shopping de Manaus(o ex-ministro da Saúde foi flagrado andando sem máscara no ambiente fechado)? É bom que ele evolua nessa direção, na direção da ciência, na direção do interesse fundamental do Brasil", questionou Renan Calheiros (MDB-AL).

O filho do presidente falou sobre aglomeração. Em primeiro lugar é muito importante comemorar. Será que ele deixou de lado o negacionismo e agora está contra a aglomeração?

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também citou com ironia o discurso do filho do presidente: "Eu saúdo a conversão de alguns membros do governo à ciência porque para a CPI eles estão defendendo ficar em casa, isolamento, medidas sanitárias. Que bom. Se o Brasil tivesse adotado isso desde março quando o vírus chegou por aqui, eu acredito que nós teríamos um número bem menor de mortos. A pandemia estaria sob controle".

Eu saúdo a conversão de alguns membros do governo à ciência porque para a CPI eles estão defendendo ficar em casa, isolamento, medidas sanitárias

Flávio Bolsonaro ainda questionou qual seria a efetividade da comissão na melhora da situação atual da pandemia. "Quantas vacinas essa CPI vai aplicar no braço da população? Nenhuma. O momento é inoportuno", perguntou.

Tanto Renan, quanto Randolfe, dizem que entre as funções da CPI está o destravamento da vacinação e a ajuda na aquisição de imunizantes e insumos. 

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