Senado convida Milton Ribeiro para explicar suspeita de favorecimento a pastores

Em áudios, ministro afirmou priorizar amigos de um pastor no repasse de verbas a municípios

Da Redação, com BandNews FM

A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou nesta quinta-feira (24) o convite para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, esclareça as denúncias de favorecimento a pastores na distribuição de verbas da Pasta. 

Em áudios divulgado pela imprensa, o ministro afirmou priorizar amigos de um pastor no repasse de verbas a municípios, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. 

A presença do ministro está marcada para a próxima quinta-feira (31), segundo o presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI).

Nessa quarta-feira (23), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as suspeitas. 

A solicitação de abertura de inquérito será analisada pela ministra Carmen Lucia, do STF.

Áudios divulgados na última terça-feira (22) expõem falas de Ribeiro sobre o favorecimento de municípios que negociaram verbas diretamente com dois pastores. Eles, porém, não têm cargos no governo. Segundo o ministro, a “priorização” de determinadas prefeituras seria um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na terça, Ribeiro divulgou uma nota para negar o suposto pedido feito por Bolsonaro em relação ao atendimento preferencial aos dois pastores. O ministro também explicou que a fala dele destacou que o governo está disposto a atender todos que o procurem, inclusive os líderes religiosos citados.

“Registro ainda que o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem”, afirmou o ministro. 

O Palácio do Planalto não se posicionou. 

A base do governo no Congresso formada pelo Centrão e a Bancada Evangélica cobraram explicações. 

A Oposição entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa e exigiu a demissão do gestor.

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