Senado aprova taxação de 20% sobre pequenas importações após embate com Câmara

Após os trâmites no Congresso, o projeto da “taxação das blusinhas” vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Da redação

Senado aprova taxação de 20% sobre pequenas importações após embate com Câmara
Senado aprova "taxação das blusinhas"
Roque de Sá/Agência Senado

Senado aprovou a taxação de compras internacionais com valores de até 50 dólares. O texto foi inserido no projeto do Programa Mover, voltado à indústria automotiva, pela Câmara dos Deputados. Na outra casa legislativa, porém, a matéria foi votada em destaque.

Com a aprovação no Senado e após passar pela Câmara novamente, a taxação de pequenas importações passa a ser de 20%, diferente dos 60% previstos anteriormente. Após os trâmites no Congresso, o projeto vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última terça-feira (4), o relator do “Mover” no Senado retirou a “taxação das blusinhas” do texto, o que irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas). O governo havia negociado a aprovação da alíquota de 20% com os deputados.

Após dia de negociação com senadores governistas, a proposta foi aprovada no Senado. A votação foi simbólica. Como houve alteração no relatório, devido à retirada do trecho do imposto sobre pequenas importações do “Mover”, o texto precisa voltar para a Câmara.

Remessa Conforme

Em agosto de 2023, sob polêmicas da cobrança do imposto para compras internacionais de qualquer valor, o governo anunciou o programa “Remessa Conforme”. A medida isentou pequenas importações, limitadas a 50 dólares, caso a plataforma aderisse ao plano. 

Na prática, o “Remessa Conforme” regularizou as transações, já que muitos vendedores de grandes plataformas se passavam por pessoas físicas ou alteravam o valor dos produtos nas notas fiscais. Por conta disso, o governo não recolhia os tributos das importações.

Lula ameaçou vetar alíquota de 60%

Lula chegou a dizer que vetaria a taxação, se passasse a alíquota de 60%, considerada impopular por parte do Palácio do Planalto. O governo queria discutir a proposta em outro projeto de lei. De preferência, depois das eleições municipais. O receio é o desgaste que a taxação pode gerar.
 

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