Sem McDonald's e Coca-Cola: Mais de 300 empresas suspendem operações na Rússia

Balanço de universidade americana lista as companhias que suspenderam as operações comerciais com a Rússia por causa da guerra na Ucrânia

Da redação

A abertura do primeiro McDonald's na União Soviética, em 1990, foi um momento histórico durante o fim da Guerra Fria como parte do processo de reabertura para o capitalismo. Nesta semana, a rede de fast food anunciou o fechamento temporário de suas 847 lojas na Rússia. De acordo com a Universidade de Yale, nos EUA, até o dia 9 de março, mais de 300 empresas suspenderam as operações em protesto pela invasão da Rússia na Ucrânia

As sanções econômicas têm mudado o dia a dia na Rússia. Além da moeda local o rublo ter perdido um terço do seu valor, grandes multinacionais estão deixando de oferecer seus produtos no país. 

No mesmo dia em que o McDonald's anunciou a suspensão, gigantes norte-americanas como Coca-Cola e Starbucks também anunciaram a medida, aumentando a lista de empresas que paralisaram as relações com a economia russa. A Pepsico também suspendeu as vendas --mantendo apenas o fornecimento de produtos essenciais, como alimentos para bebês.

As operadoras de cartão Visa e Mastercard, além da American Express, também suspenderam as operações. Cartões emitidos por bancos russos com as bandeiras da Visa e da Mastercard pararam de funcionar fora do país

Entre as empresas que suspenderam as operações estão ainda a Apple, que suspendeu a venda de produtos; a Boeing, que parou de comprar titânio da estatal russa; a Airbus também parou de comprar peças de fabricantes russos. No Brasil, a Embraer anunciou a suspensão para clientes russos.

O Airbnb, que não faz mais reservas em propriedades em território russo. Outras empresas como a Disney (que deixou de lançar filmes em cinemas russos, como “Red: Crescer é uma Fera”) e a Nike (que deixou de fazer vendas em lojas físicas e online) aparecem na lista.

Empresas de petróleo e gás também fizeram anúncios semelhantes. a BP disse que abandonaria sua participação de quase 20% na estatal russa de petróleo e gás Rosneft; a Equinor, maior empresa de energia da Noruega, vai se retirar de suas joint ventures na Rússia; a ExxonMobil diz que deixará um importante projeto de petróleo e gás, Sakhalin-1, e interromperia quaisquer novos investimentos na Rússia.

A Shell disse que deixaria sua joint venture com a estatal Gazprom e encerraria o seu envolvimento no oleoduto Nord Stream 2, agora suspenso, construído para transportar gás natural para a Alemanha.

Vídeo: Ocidente estuda mais sanções para a Rússia

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