Secretário de Estado da Saúde de SP diz que o estado vai pedir liberação emergencial e convencional da CoronaVac

Da Redação com Bandnews FM

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn Reprodução
O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn
Reprodução

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirma que o governo do Estado pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório Sinovac Biotech, seja autorizada para uso emergencial. A informação é de Narley Resende, da BandNews FM.   

O pedido deve ser feito logo após os resultados da fase 3 de testes, previstos para antes do Natal.  

“Vamos pedir o registro tanto do rito nas formas regulares, quanto do rito emergencial para uma análise muito mais célere”, afirma.  

Em uma análise convencional, a Anvisa poderia demorar até 60 dias para atestar os resultados dos testes de uma vacina.  

Jean Gorinchteyn afirma que o governo de São Paulo cobra um posicionamento claro do Ministério da Saúde quanto à segregação da Coronavac em detrimento de vacinas na mesma fase de desenvolvimento.  

Segundo ele, o governo federal não apresentou motivo que justificasse a ausência de investimento na aquisição das vacinas do Butantan.  

“A outra discussão é que mesmo vacinas como a da própria da AstraZeneca ou do consórcio Covax Facility também não têm vacinas que foram aprovadas. Estão em fase três, mas ainda não foram aprovadas. Mesmo assim, receberam aporte de recursos. E essa foi uma das discussões que foi tida nesse fórum do ministério com os governadores”, lembra.  

Mesmo que o governo federal não participe da aquisição de doses da Coronavac, o governo de São Paulo deve ampliar a aquisição e distribuição da vacina do Butantan.  

De acordo com Jean Gorinchteyn, as outras fases da vacinação previstas no Plano Estadual de Imunização contra a covid-19 terão 46 milhões de doses em fevereiro, 14 milhões no início de março e 54 milhões de novas doses chegando a 100 milhões no total.  

“Caso não sejam implementadas no Plano Nacional de Imunização, já existe a solicitação feita por outros estados e prefeituras, e de outros países. Essa vacina que poderia estar imunizando todos os brasileiros precisa ser utilizada. Ela não pode ser estocada, principalmente em uma condição de pandemia em que as pessoas estão morrendo”, destaca. O secretário da Saúde de São Paulo reforça a promessa do governador João Doria, do PSDB, de que a vacina será aplicada em qualquer cidadão, mesmo que não comprove residência no Estado, desde que esteja dentro do grupo prioritário previsto no plano de imunização.  

“Todos aqueles que vierem para São Paulo em busca de um atendimento médico nunca deixaram de ser atendidos. E isso aconteceu também em relação à imunização e não será diferente em relação ao coronavírus”, afirma.  

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