O rei Charles III é o novo rei do Reino Unido após a morte da rainha Elizabeth II, confirmada pela família real na última quinta-feira (8). Para ocupar o cargo, o monarca escolheu Charles III, dando seguimento aos reis com o mesmo nome.
Charles III começa a escrever a história como rei aos 73 anos, mas os antepassados foram marcados por divergências com parlamento, guerra e até condenação à morte.
Charles I nasceu em 19 novembro de 1600, em Fife, na Escócia. Era o segundo filho do rei Jaime VI - assumiu a coroa em 1603 - e mudou-se para Londres. Ele se tornou o primeiro na linha de sucessão, o herdeiro aparente, quando seu irmão Henrique faleceu.
Estima-se que Charles I tinha problemas de saúde e só passou a andar sozinho quando tinha 3 anos de idade. Provavelmente o que originou as enfermidades físicas foi causado por uma doença metabólica que causa deformação nos ossos em crianças, a raquitismo.
Conforme foi crescendo, Charles I conseguiu se desenvolver e aprendeu assuntos clássicos, línguas, matemática e religião. Foi cavaleiro e atirador.
Charles I foi coroado rei em 1626, mas o governo foi marcado por conflitos. Ele era muito religioso e tinha simpatia pelos ensinamentos arminianos, especialmente de levar a Igreja Anglicana para longe do calvinista. Em 1637, ordenou o uso de um novo livro de oração na Escócia, que o viam como forma de introduzir o anglicanismo no país.
Após conflitos decorrentes à forma de governar, inúmeros conflitos foram relatados na Escócia, inclusive a Primeira Guerra dos Bispos. Anos mais tarde, após inúmeras batalhas, Charles I se entregou ao governo escocês.
Charles I foi mantido em prisão domiciliar, mas conseguiu escapar. Em 1648, ele foi julgado por traição contra a Inglaterra e foi condenado à morte pela corte. O rei Charles I foi decapitado no dia 30 de janeiro de 1649.
A decisão da corte resultou em uma monarquia deposta, ou seja, a Inglaterra viveu um longo período como uma república. O país voltou a ter um rei somente em 1660, quando o filho mais velho de Charles I assumiu a coroa, dando início ao trono de Charles II.
Para reassumir a monarquia britânica, Charles II precisou assinar um documento onde concordava em perdoar muitos dos inimigos de Charles I.
Em 1665, Charles II enfrentou duas grandes crises sanitárias: a grande praga de Londres, que matou mais de sete mil pessoas; e o grande incêndio, que consumiu mais de 13 mil casas e 87 igrejas, incluindo a Igreja de São Paulo.
Como Charles I, o Charles II também teve conflitos com o parlamento e nos últimos anos de mandato enfrentou uma tempestade política relacionada à sucessão do trono.
Charles II sofreu um acidente vascular cerebral e morreu no dia 5 de fevereiro de 1685, aos 54 anos, no Palácio de Whitehall.