Saúde substitui vacina em gotinhas contra pólio por injetável; veja novo esquema vacinal

Novas diretrizes valem a partir desta segunda-feira (4); segundo a pasta, o personagem "Zé Gotinha" continuará participando das ações de vacinação infantil

Da redação

Criança com máscara do Zé Gotinha
Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde passa a usar a vacina injetável contra a poliomielite em substituição à vacina em gotinhas, que era administrada em duas doses.  

Agora, o esquema vacinal contará com três doses e um reforço da Vacina Inativada Poliomielite (VIP). O objetivo, segundo o Ministério da Saúde, é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e diversas nações europeias.

O novo esquema incluirá três doses da VIP administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses.

De 1968 a 1980, o Brasil registrou 25.183 casos confirmados de poliomielite. Em 1980, o país iniciou a vacinação em massa da população e diminuiu drasticamente a ocorrência da doença.

Segundo a pasta, ainda foram detectados 1.644 casos até 1989, ano em que foi registrado o último caso da doença em território nacional. Em 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Brasil livre da poliomielite.  

Veja como será o novo esquema vacinal contra a poliomielite

  • 2 meses – 1ª dose;
  • 4 meses – 2ª dose;
  • 6 meses – 3ª dose;
  • 15 meses – dose de reforço

Conhecida também como paralisia infantil, a doença é causada por um vírus e pode infectar crianças e adultos. Em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores e até levar a morte.

A poliomielite ainda é endêmica no Afeganistão e no Paquistão, segundo o Ministério da Saúde. "Nesse contexto, é fundamental que todas as crianças menores de 5 anos sejam vacinadas, já que esta é a única forma de prevenção", reforça a pasta.

Zé Gotinha continuará trabalhando pela vacinação infantil  

Símbolo da vacinação no Brasil, o personagem Zé Gotinha continuará trabalhando pela vacinação infantil. Há 38 anos, o Zé Gotinha se tornou um ícone na luta contra a pólio.  

"Seu papel se expandiu para alertar sobre a prevenção de outras doenças imunopreveníveis, como o sarampo. Assim, mesmo o Brasil não utilizando mais a vacinação oral da poliomielite, o Zé Gotinha continuará a trabalhar em prol da imunização", disse o Ministério da Saúde, em nota.

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