São Paulo registra aumento de 8% no número de transplantes de coração em 2023

Primeiros oito meses do ano superaram o mesmo período dos cinco anos anteriores; número voltou ao pré-pandemia

Da redação

São Paulo registra aumento de 8% no número de transplantes de coração em 2023
São Paulo registra aumento de 8% no número de transplantes de coração em 2023
Reprodução/TV Band

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou nos primeiro oito meses de 2023 um aumento de 8% no número de transplantes de coração realizados. O aumento, em comparação com 2022, mostra que foram 97 procedimentos ante 90 no ano passado. 

O número de doadores cresceu e atingiu níveis equivalentes aos anos anteriores ao início da pandemia de Covid-19. O levantamento foi publicado nesta quarta-feira (27), data que celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos. 

Entre janeiro e agosto, foram 5.875 transplantes no estado de São Paulo, um crescimento de 9,5% em relação aos 5.360 realizados em 2022. Os de córnea lideram a lista, com 3.956 no total, seguidos pelos rins, com 1.281. Já os de fígado foram os que apresentaram maior crescimento no período, aumentando 30,4% em 2023, com 90 procedimentos, frente aos 69 realizados até agosto do ano passado.

Sistema de transplantes no Brasil

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro, mas há prioridades em meio à fila, a depender dos critérios que o paciente preenche. Com isso, a cirurgia só ocorre de acordo com necessidades médicas, o estágio de gravidade da insuficiência cardíaca, tipo sanguíneo e outras especificidades.

A compatibilidade genética é fator importante na decisão de quem receberá o órgão e o tempo de isquemia, o tempo de duração do órgão fora do corpo. No caso, a demora do transporte do órgão da origem até o transplante.  

Crianças são prioridade ao concorrerem na fila com adultos, seja pelo doador também ser criança, ou por estarem diretamente concorrendo com mais velhos. 

Campanha da Band

O Grupo Bandeirantes acredita que a solidariedade salva. Por isso, no dia 21 de agosto, lançou a campanha "Doe órgãos, Doe vida", uma conscientização para a doação de órgãos e tecidos.

Todos os dias, inúmeras vidas estão em jogo, esperando uma segunda chance que só pode vir de um ato de generosidade. Converse com a sua família sobre o assunto. Só ela pode autorizar esse ato. Veja mais informações no site do Ministério da Saúde.

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, além de ser o segundo maior transplantador, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, responsável pela garantia de 90% das cirurgias por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma integração com todas as 27 centrais estaduais.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado. As etapas para um transplante acontecer são as seguintes:

  • inclusão do paciente na lista nacional de transplantes pelo médico autorizado;
  • acompanhamento da posição na fila pelos canais oficiais do governo;
  • passar pelo procedimento caso haja o órgão compatível e a posição na fila seja favorável.

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