100 horas sem luz: São Paulo ainda tem mais de 150 mil imóveis sem energia elétrica

Da redação

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Mais de 150 mil pessoas seguem sem energia elétrica na Grande São Paulo 100 horas depois das fortes chuvas que atingiram a região na última sexta-feira (11). 

Nesta segunda (14), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo deu um prazo de três dias para a concessionária resolver os problemas de maior volume em São Paulo. 

Também na segunda, a Enel anunciou que recebeu o reforço de equipes de outros grupos de distribuição de energia, como Light, Neoenergia, Elektro, EDP, para atuarem na área de concessão da companhia. 

Além disso, a empresa mobilizou profissionais de suas distribuidoras do Chile, Itália, Espanha e Argentina e equipes do Rio de Janeiro e do Ceará.

O governador Tarcísio de Freitas se juntou, nesta terça-feira (15), ao prefeito, Ricardo Nunes, na defesa da cassação da Enel, a empresa responsável pelo fornecimento de energia na cidade.

A prefeitura de São Paulo entrou com uma ação na Justiça para que a Enel restabeleça imediatamente a energia em todas as regiões da capital paulista que enfrentam falta de luz, sob multa de R$ 200 mil por dia se não cumprir a determinação.

Prejuízo no comércio

Segundo um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), comerciantes já acumulam mais de R$ 1,5 bilhão em perdas.

O levantamento considera o faturamento que ambos os setores deixaram de registrar no período e as perdas brutas. Esse valor, segundo a entidade, deverá ser maior, porque a Enel não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço aos consumidores.

Os números da FecomercioSP mostram que só o varejo paulistano teve prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão.

“Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões”, informou a FecomercioSP. 

Em nota, a federação afirmou que está trabalhando desde o dia que começou o apagão, na última sexta-feira (11), para colaborar com os setores mais afetados pela falta de energia, dialogando com autoridades – como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a prefeitura de São Paulo – e, em paralelo, exigindo que a Enel faça a restauração da distribuição com o máximo de urgência possível. 

“Para a FecomercioSP, é inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses. Pior do que isso, a cidade não pode ficar tanto tempo sem eletricidade em meio a esses episódios. A falta desse serviço básico acarreta problemas significativos para a população e prejuízos enormes ao empresariado”, pontuou a entidade em comunicado.

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