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São Paulo deve ter gasto extra de mais de R$ 1 bi na área da saúde, afirma Bruno Covas

Apesar da expectativa na queda de R$ 7 bilhões na arrecadação, Covas espera que a prefeitura possa atravessar esse período sem ter que fazer nenhum tipo de empréstimo

Da Redação, com Bora SP

São Paulo deve ter gasto extra de mais de R$ 1 bi na área da saúde, afirma Bruno Covas Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdop
Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdop

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, participou nesta sexta-feira, 17, do Bora SP. Em conversa com Joel Datena e Laura Ferreira, Covas disse que os números que servem de base para direcionar as medidas que serão tomadas contra a Covid-19 na capital paulista e no estado de São Paulo são contabilizados diariamente.

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O prefeito afirmou que na área da saúde o município deve ter um gasto extra de mais de R$ 1 bilhão. Apesar da expectativa na queda de R$ 7 bilhões na arrecadação, Covas espera que a prefeitura possa atravessar esse período sem ter que fazer nenhum tipo de empréstimo.

“Estamos preparados para enfrentar essa crise. Já temos autorização da Câmara Municipal para se for o caso utilizar recursos de fundos municipais que tinham outra destinação para poder colocar na área da saúde”. O prefeito também destacou o superávit de 2019 de R$ 2,5 bilhões para poder investir.

Flexibilização da quarentena

“Quanto maior a participação das pessoas no isolamento social, menor vai ser o número de infectados, menor o número de mortes e mais rápidos vamos enfrentar a crise”, disse. Ele afirmou que se o índice se mantiver em torno de 60% a cidade e o estado irão conseguir enfrentar a pandemia de melhor forma que os países europeus.

Transporte público

Em relação aos ônibus, o prefeito disse que já houve uma redução de 71% no número de passageiros. “Temos algo de 30% de passageiros e 53% da frota circulando. Qualquer linha que a SPTrans verifica que há acumulo de pessoas já coloca mais um ônibus nessa linha para rodar. Teríamos que pagar de subsídio R$ 1 bi ou R$ 2 bilhões a mais para as concessionárias caso não houvesse essa redução na frota”, explicou ao ser questionado porque não mantem 100% da frota de ônibus em circulação na cidade.

Falta de EPIs

Covas disse que o gasto médio que a prefeitura tinha na área da saúde era de 250 mil máscaras por mês, em março esse número foi de 2 milhões de unidades e em abril a prefeitura já adquiriu 2,5 milhões dessa EPI. “A gente está comprando toda semana e repondo para não deixar faltar e para não ter nenhum caso de servidor tendo que trabalhar sem o equipamento”, disse.  

Número de leitos

No início de 2020, o número de leitos de UTI no município era de 507 e foi acrescentado mais 933. “Quase metade já foram entregues a outra metade será agora em abril e maio”, disse. Covas afirmou que o índice de ocupação total é de 65% e que apesar de alguns hospitais estarem perto de 100% o sistema de regulação leva o paciente para o hospital mais próximo possível com leito disponível.

Comunidades

Ao todo em São Paulo são 305 mil famílias em situação de alta vulnerabilidade. Covas disse que algumas medidas estão sendo tomadas para essa população como a utilização do cartão alimentação, para os alunos da rede municipal, o aumento de distribuição de cestas básicas, implantação de pias comunitárias e carros de som levando informação para comunidades.  

Assista a entrevista na íntegra:

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