O SAMU realizou mais atendimentos por problemas respiratórios nas duas primeiras semanas de março do que no mês com o maior registro no ano passado, na cidade de São Paulo. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes. 

Até o dia 11 deste mês, a média diária foi de 139 ocorrência. Em maio de 2020, o serviço de emergência atendeu 129 solicitações por dia.

Apesar do alto número registrado, a lotação das unidades de saúde tem feito as ambulâncias circularem menos nos últimos dias.

As viaturas têm se transformado em leitos temporários enquanto pacientes aguardam uma vaga para serem atendidos.

Uma socorrista, que prefere não ser identificada, afirma que já chegou a ficar seis horas parada esperando o paciente liberar a maca.

Os profissionais do SAMU também reclamam da dificuldade para a higienização das ambulâncias - o que tem afetado a agilidade dos atendimentos.

Há dois meses, o surfa safe, desinfetante que leva cerca de 20 a 30 muitos para a limpeza, foi substituído por hipoclorito e álcool.

Os produtos exigem um maior tempo para agir e o forte cheiro impede os funcionários de trabalharem dentro das viaturas.

Uma outra socorrista, que também não quis ser identificada, diz que o processo de desinfecção chega a durar uma hora.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que segue as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para desinfecção e limpeza das ambulâncias. Diz ainda que aquisição de novos lotes do desinfetante Surfa Safe está em processo de licitação.