O alto representante para as Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, declarou neste domingo (8) que a saída de Edmundo Gonzálvez, opositor de Nicolás Maduro, da Venezuela para a Espanha é “um dia triste para a democracia” do país.
“Diante da repressão, perseguição política e ameaças diretas à sua segurança e liberdade, após ser acolhido na residência dos Países Baixos em Caracas até 5 de setembro, o líder político e candidato presidencial Edmundo González teve que pedir asilo político e aceitar a proteção oferecida pela Espanha”, escreveu Josep Borrell em comunicado.
“Edmundo González seria o candidato presidencial que venceria as eleições por ampla maioria. Em uma democracia, nenhum líder político deve ser forçado a buscar asilo em outro país”, acrescentou.
Segundo Josep Borell, a União Europeia exige que as autoridades venezuelanas “acabem com a repressão, as prisões arbitrárias e o assédio contra membros da oposição e da sociedade civil, bem como libertem todos os presos políticos”. O bloco pontuou que continuará apoiando o povo da Venezuela “nas suas aspirações democráticas”.
Mais cedo, a Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou que continuará trabalhando para que o verdadeiro vencedor das eleições venezuelanas assuma a presidência do país em janeiro de 2025.
“Neste processo eleitoral que não terminou, devemos continuar trabalhando para que o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho assuma a Presidência da República Bolivariana da Venezuela em janeiro do ano que vem. Os objetivos que perseguimos em defesa da democracia e dos direitos humanos devem continuar e nosso compromisso deve ser maior quanto piores forem as circunstâncias”, diz trecho do comunicado.