Os servidores presos na última quinta-feira (12) durante a Operação Última Milha eram da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Entre eles estavam militares, policiais e até influenciadores indicados pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com dados Abertos da Presidência da República, a Abin conta com 732 oficiais de inteligência, sendo esta a função com melhor remuneração no órgão. Os salários variam entre R$ 16.690,89 e R$ 25.718,98 de acordo com a experiência do servidor.
Também possui 59 agentes de inteligência, encarregados de prestar suporte aos oficiais. As remunerações para esse cargo variam entre R$ 6.869,43 e R$ 11.805,13. Assim como os oficiais, a função exige uma nomeação por concurso público.
Operação Última Milha
A 4ª fase da Operação Última Milha voltou os holofotes para a Abin. Segundo a Polícia Federal, a agência espionou ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e jornalistas.
A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a PF a deflagrar 4ª fase da Operação Última Milha.
Os agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo.
Os alvos dos mandados de prisão e afastamento de cargo são:
- Mateus de Carvalho Sposito;
- Richards Dyer Pozzer;
- Rogério Beraldo de Almeida;
- Marcelo Araújo Bormevet;
- Giancarlo Gomes Rodrigues.