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Saiba por que o feriado de 9 de julho só existe em São Paulo

Confira também o que abre e o que fecha durante a terça-feira no estado

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Reprodução/Prefeitura de São Paulo

O dia 9 de julho não é feriado nacional e sim estadual, somente em São Paulo. A data comemora a Revolução Constitucionalista de 1932, levante paulista armado contra a centralização do governo de Getúlio Vargas.

Apesar do movimento que durou três meses ter acontecido no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul também, foi em 1997 que a celebração virou feriado. 

À época, foi aprovada a Lei Estadual 9.497, que instituiu o 9 de julho como Data Magna de São Paulo.

Bancos, agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Correios e Poupatempo não vão abrir no estado paulista no feriado. 

Comércios e shoppings abrem no horário de funcionamento de feriados. O rodízio de veículos na capital está suspenso nesta terça-feira.

O que foi a Revolução Constitucionalista

Também chamado de Guerra Paulista, o objetivo do movimento era derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e instituir uma nova Assembleia Nacional Constituinte.

Dois anos antes, o presidente da República, Washington Luís, foi derrubado por um golpe de estado decorrente da Revolução de 1930. 

O sucessor eleito, Júlio Prestes, foi impedido de subir ao poder. A Constituição vigente, de 1891, também foi cassada.

Foi então que aconteceu o fim da política do café com leite, quando São Paulo e Minas Gerais se alternavam na indicação do presidente da República, impedindo que o cargo por representantes de outros estados.

Vargas assumiu o país em novembro de 1930, com amplos poderes. Ele governava através de decretos e indicava interventores - a maioria eram tenentes - que não representavam os interesses de grupos locais.

Além do fim da indicação para presidente e insatisfação com o interventor indicado, João Alberto Lins de Barros, a elite paulista também lidou com a crise econômica devido à quebra da Bolsa de Nova York em 1929, que derrubou os preços do café internacionalmente.

O estopim para o levante foi a morte de quatro jovens por tropas de Vargas, em 23 de maio de 1932, durante um protesto contra o Governo Federal. Foi criado um movimento clandestino chamado MMDC, para depor o presidente.

O nome do movimento vem das iniciais dos nomes dos homens mortos na manifestação ocorrida na rua Barão Itapetininga: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Ferido no episódio, Orlando de Oliveira Alvarenga também morreu, depois de 2 meses internado.

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