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Saiba por que a loja de Suzane von Richthofen foi acusada de enganar clientes

Compradores do ateliê Su Entre Linhas, aberto em fevereiro do ano passado, se disseram desapontados por ela não confeccionar as peças; além disso, um dos modelos vendidos é falsificação da Gucci

Da redação

Saiba por que a loja de Suzane von Richthofen foi acusada de enganar clientes
Reprodução/Su Entre Linhas

Clientes do ateliê "Su Entre Linhas", loja de produtos customizados que Suzane von Richthofen abriu no início de fevereiro de 2023, têm reclamado nas redes sociais do atendimento da microempresa, que hoje soma mais de 50 mil seguidores no Instagram.

Solta em janeiro do ano passado para cumprir em casa o restante da pena pelo assassinato dos seus pais, Suzane virou microempresária e abriu uma pequena loja online que vende chinelos, bolsas, almofadas e outras peças personalizadas. Pela Lei de Execução Penal (LEP), um dos requisitos para cumprimento de pena em regime aberto é ter um emprego fixo.

Assim que o ateliê foi aberto, a ex-detenta foi questionada se fazia todos os produtos que mostrava nas redes sociais. Para garantir a autoria, Suzane mandava vídeos trabalhando para os clientes. As gravações pararam em agosto de 2023, quando ela descobriu que estava grávida e terceirizou a produção.

A gerente financeira Pamela Siqueira, de 34 anos, se sentiu enganada ao descobrir que a sandália havaianas com pedrinhas e estampa de sereia que custou R$ 178, com frete, não foi feita por Suzane, como informado pela loja. O produto veio de Angatuba, cidade no interior de São Paulo, e a ex-detenta mora hoje em Bragança Paulista.

Além disso, ela acreditava que receberia a encomenda, realizada no dia 7 de dezembro, antes do Natal. O produto só chegou em 3 de janeiro, conforme informou para a coluna "True Crime" do Globo. A gerente chegou a publicar um vídeo reclamando do serviço nas redes sociais, mas deletou a postagem

"Resolvi apagar a queixa porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, disse Pamela, que ainda contou que escolheu comprar do ateliê porque gosta de "true crime", gênero da ficção que aborda crimes reais

Já o enfermeiro Diogo Castro, de 31 anos, contou ter comprado uma carteira e uma necessáire da loja porque apoia a ressocialização de ex-presidiários. Por ocasião do aniversário dele, Suzane ligou para agradecer as compras e dar os parabéns.

No entanto, ele se sentiu enganado quando Suzane parou de responder suas mensagens. Josiely Olberg, ex-cunhada de Suzane e administradora do "Su Entre Linhas", disse que a condenada a 39 anos de prisão só falaria com o enfermeiro novamente se ele comprasse mais itens.

"Estou chateado. A Su Entrelinhas é uma loja feita para arrancar dinheiro e enganar as pessoas”, escreveu nas redes sociais.

Falsificação da Gucci

  • Um dos modelos anunciados pela loja, estampado com a logomarca da grife Gucci, é uma falsificação (veja abaixo).
  • O produto, personalizado com nome, estava sendo vendido a R$ 160.
  • A marca italiana não fabrica esse tipo de calçado.
  • “Para validar a autenticidade, a Gucci aconselha confiar no comprovante de compra original de uma boutique Gucci, Gucci.com ou revendedor autorizado", informou a marca.
Havaianas falsificadas da Gucci, vendida pelo ateliê Su Entre Linhas

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