'O Aprendiz': Rússia proíbe exibição de filme sobre trajetória de Donald Trump

Estrelado pelo ator Sebastian Stan, o filme retrata a juventude do magnata, sobretudo os esforços para construir seu império imobiliário em Nova York nas décadas de 70 e 80

Por Deutsche Welle

Donald Trump
REUTERS/Carlos Barria

O filme O Aprendiz, sobre os anos iniciais de Donald Trump como empresário em Nova York, não poderá ser exibido nos cinemas russos, informou o jornal moscovita Vedomosti nesta segunda-feira (11). Segundo a distribuidora local, a produção não obteve a licença necessária.

"O Aprendiz não será exibido na Rússia, pois não recebeu uma licença de exibição", disse um porta-voz da distribuidora Atmosfera Kino, sem especificar o motivo da decisão do Ministério da Cultura.

Dirigido pelo cineasta iraniano Ali Abbasi e criticado por Trump, o longa estreou no Festival de Cannes em maio e chegou aos cinemas dos Estados Unidos algumas semanas antes da eleição presidencial. Na Rússia tinha previsão de estreia em 14 de novembro.

Produção polêmica também nos EUA

Antes mesmo de seu lançamento, o filme já havia causado um grande alvoroço nos EUA, pois nenhum dos grandes estúdios de cinema de Hollywood queria lançá-lo. Ele acabou sendo distribuído pela pequena empresa independente Briarcliff Entertainment em cerca de 1.700 cinemas na América do Norte.

Estrelado pelo ator Sebastian Stan, o filme retrata a juventude do magnata, sobretudo os esforços para construir seu império imobiliário em Nova York durante as décadas de 70 e 80. O título é o mesmo do programa de televisão que Trump apresentou entre 2004 e 2015.

O filme recebeu ameaças legais dos advogados de Trump, principalmente por causa de uma cena na qual o presidente eleito dos EUA estupra sua primeira esposa, Ivana Trump. Uma acusação de estupro teve de fato um papel importante no processo de divórcio deles, mas Ivana se retratou posteriormente.

Censura não é novidade na Rússia

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou Trump por sua vitória eleitoral e disse que ele se comportou "como um homem" quando sofreu um atentado a tiros em julho, durante um comício.

Nos últimos anos, o Ministério da Cultura da Rússia proibiu a exibição de vários filmes com temas polêmicos ou feitos por diretores críticos ao Kremlin, incluindo o último longa-metragem do diretor britânico Guy Ritchie, Guerra sem Regras, estrelado por Henry Cavill.

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