Rússia prende suspeito de atentado que matou chefe da defesa nuclear

Por Estadão Conteúdo

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) não revelou o nome do suspeito. O próprio homem disse ter sido recrutado por serviços especiais ucranianos.

Igor Kirillov, comandante das forças nucleares, químicas e biológicas de defesa da Rússia, foi morto na terça-feira (17) por uma bomba escondida em uma scooter do lado de fora de seu prédio em Moscou, um dia após o serviço de segurança da Ucrânia ter feito acusações criminais contra ele. Outro militar, assistente do tenente-general, também morreu no ataque. O assassinato foi reivindicado ainda na terça-feira em Kiev por uma fonte do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU), que acusou o general de "crimes de guerra".

De acordo com informações do FSB, o suspeito recebeu a promessa de uma recompensa de US$ 100 mil e permissão para se mudar para um país da União Europeia em troca da morte de Kirillov. A agência declarou que, agindo sob instruções da Ucrânia, o homem viajou para Moscou, onde pegou um dispositivo explosivo caseiro. Ele então colocou o dispositivo em uma scooter elétrica e estacionou na entrada do prédio residencial onde Kirillov morava.

O suspeito alugou um carro para monitorar o local e instalou uma câmera que transmitiu ao vivo as imagens da cena para seus manipuladores na cidade central ucraniana de Dnipro. Assim que Kirillov foi visto saindo do prédio, o suspeito detonou a bomba. Imagens da cena mostraram janelas quebradas e alvenaria queimada.

Kirillov, de 54 anos, estava sob sanções de vários países, incluindo o Reino Unido e o Canadá, por suas ações na operação militar de Moscou na Ucrânia. Na segunda-feira, 16, o Serviço de Segurança do país abriu uma investigação criminal contra ele, o acusando de direcionar o uso de armas químicas proibidas.

A principal agência investigativa estatal da Rússia disse que está investigando a morte de Kirillov como um caso de terrorismo, e autoridades em Moscou prometeram punir a Ucrânia.

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