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Rússia interrompe fluxo de gás para Finlândia

Empresa finlandesa se recusou a pagar em rublos, como a Rússia solicitou a países europeus

Da Redação, com agências

A empresa russa Gazprom interrompeu neste sábado (21) os fluxos de gás natural à Finlândia. A companhia de gás estatal finlandesa Gasum se recusou a pagar à Gazprom Export em rublos, como a Rússia solicitou aos países europeus.

O corte de fornecimento foi feito três dias depois de Finlândia e Suécia oficializarem o pedido de ingresso na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

"É altamente lamentável que o fornecimento de gás natural sob nosso contrato agora seja interrompido", disse o presidente-executivo da Gasum, Mika Wiljanen, em comunicado.

"No entanto, estamos nos preparando cuidadosamente para esta situação e desde que não haja interrupções na rede de transporte de gás, poderemos fornecer gás a todos os nossos clientes nos próximos meses", afirmou.

A Gasum disse que continuará fornecendo gás para clientes finlandeses de outras fontes através do gasoduto Balticconnector que liga a Finlândia à Estônia. Antes, o país priorizava o caminho de entrada do gás russo, chamado Imatra. 

Além de Finlândia, no mês passado, Moscou cortou o gás que ia para Bulgária e Polônia, depois de os países se recusaram a fazer o pagamento em moeda russa. Até a mudança nos termos de pagamento, a maior parte dos contratos europeus eram em euros ou dólares. 

Helsinque e as empresas de gás finlandesas se disseram preparadas para o corte do fornecimento pela Rússia. “O sistema de gás finlandês está em equilíbrio físico e comercial”, reforçou a Gasgrid neste sábado. 

Em substituição aos suprimentos russos, a Finlândia que irá fretar um navio de armazenamento da empresa norte-americana Excelerate Energy a partir do quarto trimestre deste ano. 

A Gasum havia alertado na quarta-feira que a Rússia poderia cortar o fornecimento de gás devido ao conflito sobre os pagamentos em rublos. A maior parte do gás utilizado na Finlândia vem da Rússia, mas o gás representa apenas cerca de 5% do seu consumo anual de energia do país.

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