Após dois meses de negociações, a Rússia e a Ucrânia aceitaram libertar nesta segunda-feira (30/12) mais de 300 soldados feitos prisioneiros durante a guerra.
As trocas ocorrem às vésperas do Ano Novo, uma celebração importante para os dois países.
No lado ucraniano, o presidente Volodimir Zelenski confirmou o retorno de 189 cativos. Mais cedo, um comunicado do ministério russo da Defesa falou em "150 militares russos repatriados" em troca de "150 prisioneiros de guerra do Exército ucraniano".
O acordo foi fruto de uma mediação feita pelos Emirados Árabes Unidos, segundo informaram os dois países.
Não está claro por que os dois lados citam números diferentes de prisioneiros libertados. Segundo Zelenski, os 189 incluem militares e dois civis capturados em Mariupol no início de 2022.
De acordo com o ministério russo da Defesa, os soldados russos repatriados estão no momento em Belarus, "onde recebem tratamento médico e psicológico necessário" e podem fazer contato com seus familiares.
Mais de 6 mil militares libertados desde 2022
A última troca de prisioneiros havia ocorrido em 18 de outubro, quando cada lado libertou 95 militares.
Desde então, a Rússia tem acusado a Ucrânia de sabotar as trocas de prisioneiros, alegando que o oponente tem focado esforços na libertação de combatentes de "batalhões nacionalistas". Kiev nega. Integrados por voluntários, esses batalhões nasceram na informalidade, mas acabaram sendo incorporados às Forças Armadas e se destacando como as unidades mais aguerridas.
No total, Moscou afirma ter proposto neste ano entregar 935 prisioneiros à Ucrânia, mas alega que Kiev só aceitou 279.
Desde 2022, mais de 45 trocas de prisioneiros de guerra foram realizadas entre Rússia e Ucrânia, durante as quais cada lado recuperou mais de 3 mil militares.
ra/bl (AFP, Reuters, efe)