Rússia e Ucrânia devem se reunir neste fim de semana em 3ª rodada de negociações

Informação veio à tona após conversa do presidente Vladimir Putin com o chanceler Olaf Scholz, da Alemanha

Da redação

Representantes da Rússia e Ucrânia querem discutir acordo contra a guerra Reprodução Reuters
Representantes da Rússia e Ucrânia querem discutir acordo contra a guerra
Reprodução Reuters

Uma conversa entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, trouxe à tona a informação de que a terceira rodada de negociações entre as delegações russas e ucranianas deve acontecer neste fim de semana. A última, de quinta-feira, 03, terminou com o apoio das partes para a formação de um corredor humanitário.

A conversa entre Putin e Scholz aconteceu nesta sexta-feira, 04, por telefone. Logo em seguida, a chancelaria alemã fez o anúncio da informação repassada pelo líder russo.

Um assessor ucraniano que participou da segunda rodada de negociações disse, pelas redes sociais, que a Ucrânia não alcançou os resultados que precisava, apesar da manutenção dos corredores humanitários. Ainda não se sabe quando o acordo será posto em prática.

“A segunda rodada de negociações terminou. Infelizmente, os resultados que a Ucrânia precisa ainda não foram alcançados. Há solução apenas para a organização de corredores humanitários”, escreveu Mykhailo Podolak no Twitter.

Antes da reunião, o mesmo assessor disse que os objetivos do encontro seriam um cessar-fogo imediato, armistício – quando um acordo suspende, temporariamente, hostilidades entre os lados envolvidos numa guerra – e a preservação de corredores humanitários para a evacuação de civis.

As conversas aconteceram na fronteira da Ucrânia com o Belarus, país aliado da Rússia. A primeira reunião aconteceu na última segunda-feira, 28, mas os representantes de Kiev e Moscou saíram insatisfeitos.

Exigência da Rússia e Ucrânia

A imprensa ucraniana afirmou que a Rússia teria exigido, além do fim da expansão da Otan, o comprometimento da Ucrânia em documentar um status de não adesão a nenhum bloco e realizar um referendo sobre isso.

Moscou ainda pediu o reconhecimento, por parte do governo ucraniano, de regiões dominadas por separatistas, Donetsk e Luhansk, cidades que se autodeclaram republicas populares pró-Vladimir Putin.

Outra exigência do governo russo diz respeito a Moscou não devolver a Península da Crimeia à Ucrânia, anexada pelo Kremlin na crise de 2014. Kiev, porém, pediu um cessar-fogo imediato, além das retiradas das tropas russas do país.

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