Rússia diz que estuda proposta de Lula para paz na Ucrânia

Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, elogiou a 'política equilibrada' do Brasil em entrevista a agência de notícias Tass

Da Redação

Rússia diz que estuda proposta de Lula para paz na Ucrânia
Rússia diz que estuda proposta de Lula para paz na Ucrânia
via REUTERS

Moscou estuda proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a paz na Ucrânia, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em entrevista à agência de notícias Tass publicada nesta quinta-feira (23). 

“Tomamos conhecimento das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia e corrigir erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os atores. Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação 'no terreno'", disse Galuzin.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia enfatizou a importância da visão do Brasil, que é parceiro estratégico de Moscou. "Estamos interagindo de forma construtiva no BRICS, G20, ONU e seu Conselho de Segurança, onde o Brasil tem assento como membro não permanente", acrescentou.

A Rússia aprecia o fato de o Brasil não fornecer armas a Kiev, apesar da pressão dos Estados Unidos, enfatizou o vice-ministro das Relações Exteriores.

"Quero ressaltar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional. O Brasil rejeitou as medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos Estados Unidos e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev", disse ele. "Ao mesmo tempo, podemos ver como Washington está pressionando o Brasil. Essa postura soberana merece respeito", acrescentou.

Mais cedo, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as autoridades do país não tinham intenção de transferir armas e munições para terceiros países para serem usadas no conflito ucraniano.

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