Rússia anuncia 'trégua' na guerra da Ucrânia nos dias 6 e 7 de janeiro

Período é especial para os cristãos ortodoxos, já que é quando comemoram o Natal

Da redação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (5) em conversa telefônica com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que vai dar uma trégua na guerra na Ucrânia e reafirmou que “está aberto a um diálogo sério”. 

Segundo ele, as tropas da Rússia vão suspender os combates entre às 12h de sexta-feira (6) e até o final de sábado (7). O período é especial para os cristãos ortodoxos, já que é quando comemoram o Natal. 

“Tendo em vista a oferta do presidente Erdogan para que a Turquia mediasse uma solução política para o conflito, Vladimir Putin reafirmou novamente que a Rússia está aberta a um diálogo sério - sob a condição de que as autoridades de Kiev atendam às demandas claras que foram repetidamente apresentadas e reconheçam as novas realidades territoriais", disse o Kremlin em comunicado.

No comunicado divulgado pelo Kremlin, Putin denunciou o papel “destrutivo dos estados ocidentais”, que estão enchendo o regime de Kiev de armas e equipamentos militares e também fornecendo informações operacionais e de direcionamento.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, informou nas redes sociais que teve uma conversa com o presidente da Turquia e discutiram a cooperação de segurança entre os países, defesa nuclear - em particular a situação da Usina Nuclear de Zaporizhia. “Também conversamos sobre a troca de prisioneiros de guerra com a mediação turca, o desenvolvimento do acordo de grãos. Agradecemos a disposição da Turquia em participar da implementação de nossa Fórmula da Paz”.

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O assessor do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse que a Igreja Ortodoxa da Rússia não é uma autoridade para a Ortodoxia global e age apenas como um "propagandista de guerra". Segundo ele, a igreja pediu o genocídio dos ucranianos, encorajou assassinatos em massa e insiste em uma militarização ainda maior da Federação Russa. “Portanto, a declaração da Igreja Ortodoxa Russa sobre a ‘trégua de Natal’ é uma armadilha cínica e um elemento de propaganda”. 

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