Na última segunda-feira, o Jornal da Band mostrou que o crime de roubo de gado está explodindo pelo interior do Brasil. Para se proteger, quem vive no campo, está apostando em tecnologia, vigilância armada e solidariedade entre os donos.
Câmeras no pasto, nos corredores, próximas a cerca e até no silo. Uma propriedade rural de quase 500 hectares, em Pouso Alegre (MG), é vigiada 24 horas por dia. O medo é da ação de bandidos.
A propriedade no extremo sul de Minas Gerais já foi alvo de ladrões de gado seis vezes no período de 3 anos. Cansado de tanto prejuízo, produtor rural investiu 30 mil reais em câmeras de segurança para monitorar toda a área.
A 190 km dali, outro produtor tem uma criação de gado das raças Nelore e Tabapuã, duas das mais valorizadas no mercado. Na calada da noite, em poucas horas, os bandidos levaram 20 cabeças - um prejuízo superior a R$ 250 mil.
Com a tranquilidade no campo, o fazendeiro nunca pensou em investir em segurança. Agora, decidiu que não dá pra ficar sossegado sem o monitoramento eletrônico na sua fazenda.
A comunicação virou a arma de proteção para os produtores rurais aqui em Turvolândia, no sul de Minas. Funcionários das propriedades trocam mensagens por celular assim que percebem alguma atitude suspeita. Quando isso acontece, a patrulha rural é acionada. As dificuldades para a polícia são a grande extensão da área e as diversas rotas de fuga na região.
No Rio Grande do Sul, um dos estados preferidos das quadrilhas, são 15 casos por dia, em média. Só 6% dos crimes terminam com os bandidos na cadeia. Como última solução, muitos fazendeiros tem apelado para vigilâncias armadas para proteger o gado.
Na reportagem desta quarta-feira, o Jornal da Band mostra qual o destino do gado roubado e como a polícia tem agido para tentar conter o avanço do furto de gado nas áreas rurais do País.