No segundo dia de julgamento do caso Marielle Franco, a promotoria revelou que Ronnie Lessa pesquisou informações sobre a então vereadora dois dias antes do atentado. Lessa também levantava informações sobre Marcelo Freixo e sobre como apagar o histórico de pesquisas no Google.
O ex-policial fez levantamentos sobre Marielle, a família, seu endereço pessoal e o trabalho da então vereadora em 12 de março de 2018.
Segundo o Ministério Público, entre 10 de novembro e 26 de fevereiro, Lessa pesquisou acessórios para submetralhadora HK MP5, a mesma utilizada no crime. Em 20 de fevereiro de 2018, o ex-policial buscou deputados que teriam votado contra a intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, na qual a vereadora era relatora da comissão que acompanharia a ação na época.
Entre abril de 2017 e fevereiro de 2018, Lessa pesquisou sobre o então deputado Marcelo Freixo. A partir do dia 20 de fevereiro buscava por familiares. Após a identificação da filha de Freixo, as buscas se concentraram nela.
Lessa militar também buscou por “Morte ao PSOL","Morte de Marcelo Freixo", “Marcelo Freixo Enforcado” em abril de 2017.
Em 2 de março de 2018, Ronnie Lessa fez pesquisas de endereços relacionados à agenda de Marielle Franco. Ele buscou a avenida Rui Barbosa, no Flamengo, e também, oito dias antes do atentado, buscou erroneamente pelo campus da UFRJ, na Urca, onde Marielle participaria de uma palestra.
A conclusão é que Ronnie Lessa buscava pela rotina de Marielle dias antes do atentado. A vereadora foi morta na rua Joaquim Paralhes, no Estácio, após sair de um encontro na Casa das Pretas, na Lapa.