Robôs travam guerra desumana no conflito entre Rússia e Ucrânia

Desde dezembro os robôs têm aparecido em combate na guerra

Por Moises Rabinovici

Ataques de drones em Kharkiv, na Ucrânia
Serviço de emergência da Ucrânia via Reuters

Uma guerra desumana está sendo travada entre Ucrânia e Rússia. É a guerra dos robôs. Já são vários em ação: uns, camicases, explodem contra o inimigo. 

Outros, recolhem os feridos em campos de batalha. Uns atiram, ou espionam, caçam tanques, ou levam munições, e há os especializados em abater drones, que eram seus piores inimigos.

Desde dezembro os robôs têm aparecido em combate. O UGV, ou Veículo Terrestre Não Tripulado, com quatro ou seis rodas, é dirigido por um humano, com controle remoto. Ainda são pouco autônomos, percorrendo até oito quilômetros. O exército russo quer formar um batalhão deles.

A empresa ucraniana Taras Ostapchuk cuidava da iluminação pública antes da invasão russa. Agora produz três tipos de robôs, todos chamados Ratel, com apoio de um grupo de tecnologia militar chamado Brave1. 

É deles o robô suicida, que ataca como um terrorista com cinturão de explosivos. Há 45 já produzidos prontos para morrer. Para eles, não há um harém de virgens os esperando no paraíso, como para os terroristas muçulmanos.

Se ucranianos e russos progredirem na guerra de robôs, logo teremos soldados de cada lado armados de controle remoto e lutando como se disputassem games. Essa guerra desumana seria mais humana.

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