Sailson José das Graças, conhecido como “Serial Killer da Baixada Fluminense”, foi condenado nesta quarta-feira (1º) a 30 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Paulo Vasconcelos, ocorrido em novembro de 2014, em Nova Iguaçu. Quando foi preso, ele confessou ter matado mais de 40 pessoas em um período de nove anos. A namorada dele na época, Cleusa Balbina de Paula, também recebeu a mesma condenação. 

Em 2021, Sailson já havia sido condenado a 16 anos e quatro meses de prisão, mas o Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu e conseguiu aumentar a pena para 30 anos.

A promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho demonstrou aos jurados que o homicídio foi cometido por motivo torpe e mediante dissimulação, motivado pelo não pagamento de uma dívida que a vítima havia contraído com Cleusa, sua namorada, no valor de R$ 40,00. Paulo foi morto a facadas, em casa, depois de marcar um encontro com Cleusa, que de acordo com a denúncia, foi quem planejou o crime e ordenou que Sailson cometesse o assassinato. 

“O réu pratica crimes ostentando uma condição de matador, serial killer, manifestando satisfação pessoal em razão de tal condição, inclusive em entrevistas. Além disso, a personalidade do réu demanda resposta penal mais gravosa, já que premeditou o crime, se armando com uma faca e buscando informações sobre os locais frequentados pela vítima e as melhores condições para surpreendê-la", destacou a sentença.