O programa de vigilância genômica da covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde identificou um aumento de mais de 50% da presença da variante Delta em casos da doença no Rio de Janeiro, em dez dias.
Na capital fluminense foi detectada a presença da Delta em 45% das amostras sequenciadas. O Secretário Municipal de Saúde, já tinha expressado preocupação em relação ao avanço da variante. Segundo Daniel Soranz, em breve, a variante Delta vai ser a predominante no município.
A única forma de conter o avanço da Delta é com a vacinação. No entanto, é necessário realizar a imunização completa, com as duas doses. De acordo com Daniel Soranz, se o Ministério da Saúde cumprir a promessa de entregar mais doses da vacina, a pasta estuda acelerar ainda mais o calendário, vacinando duas idades por dia.
No estado, de acordo com o estudo, de todas as amostras coletadas a Delta foi encontrada em 26% dos sequenciamentos. Há menos de duas semanas o porcentual estava em 16%. De acordo com o programa de vigilância genômica, a variante está em circulação em todo o Rio de Janeiro, com tendência de aumento e conversão para se tornar a mais frequente, substituindo a variante Gamma, de origem brasileira.
O aumento da presença da variante Delta no Estado preocupa especialistas. A cepa é a mais contagiosa já detectada. O professor do Instituto de Medicina Social da Uerj, Mario Roberto Dal Poz, explica que no frio a preocupação com a disseminação do vírus é ainda maior.
Apesar do avanço da Delta, o plano de flexibilização da Prefeitura do Rio está mantido. A partir do dia 02 de setembro está permitida presença de 50% do público nos estádios e casas noturnas, por exemplo. Mas é obrigatório apresentar o comprovante de vacinação completo, com as duas doses, ou dose única no caso da Jansen. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a caderneta de vacinação é suficiente, ou então, o certificado digital de vacinação pelo app ConecteSUS do Governo Federal (Android e/ou iOS).