Rio de Janeiro está pronto para receber a Cúpula dos Líderes do G20 em novembro próximo, diz Eduardo Paes

Agência de Notícias dos Emirados Árabes

Eduardo Paes
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Como anfitrião da próxima Cúpula de Líderes do G20 em 18 e 19 de novembro de 2024, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, enfatizou a prontidão da cidade para o evento em uma entrevista à Agência de Notícias dos Emirados (WAM) durante a FII Priority Summit 2024. Paes destacou a experiência do Rio em sediar grandes eventos. “Uma cidade que já recebeu Jogos Olímpicos é uma cidade que está pronta para receber qualquer coisa. 

Por mais que o G20 tenha uma importância muito grande, mas é uma venue, num só lugar. Portanto, a cidade está pronta, está preparada para mostrar todas as suas belezas, suas características", declarou Paes.O Brasil ocupa a presidência rotativa do G20 desde dezembro de 2023. Mais de cem eventos relacionados ao G20 estão planejados no país, com o Rio sediando várias reuniões antes da Cúpula dos Líderes em 18-19 de novembro de 2024. A presidência brasileira terminará em 30 de novembro de 2024, quando a África do Sul a assumirá. 

Para Paes, o Rio de Janeiro representa o que as pessoas imaginam do Brasil em todo o mundo. "Historicamente, toda vez que se pensa no Brasil, se pensa no Rio, se tem o desejo de vir ao Rio. Acho que o presidente Lula entende muito isso e não à toa ele escolheu o Rio para ser a capital do G20", ressaltou Paes. Quem visita o Rio de Janeiro já pode sentir o clima do G20 com várias intervenções instaladas. 

O Palácio da Cidade e a sede administrativa da Prefeitura ganharam banners; um mural foi instalado na Cidade das Artes; e há placas na praia de Copacabana, entre muitas outras. Lucas Padilha, presidente do Comitê do G20 do Rio de Janeiro e coordenador de Relações Internacionais e Cooperação da Prefeitura, garantiu que as autoridades locais estão cuidando da infraestrutura - levando o G20 para o centro do Rio. "O presidente Lula entendeu a importância que o prefeito sensibilizou de fazer um G20 que mostrasse que o Rio de Janeiro é o centro do Brasil, centro histórico, centro logístico também, quer dizer, não tem por que a gente esconder essa magnitude de evento em qualquer outro lugar. Vamos fazer no centro, próximo de uma região que já tem muita infraestrutura." 

Padilha afirma que a estratégia do Rio para o G20 está sendo realizada ao longo do ano - envolvendo obras de infraestrutura, renovação de ruas, reforma do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde a cúpula está sendo realizada, e um olhar diferenciado para o setor de hospitalidade. 

Em relação à segurança, Lucas Padilha disse que a cidade lançou recentemente o Centro de Inteligência, Vigilância e Apoio Tecnológico à Segurança Pública, um projeto de monitoramento para apoiar a segurança pública da cidade. Ele também destacou que, desde que Paes foi empossado na prefeitura, o número de guardas aumentou de 3.000 para 8.000, com mudanças em seu treinamento. "O município tem um papel de segurança patrimonial, local, preventiva, suplementar. 

Não é ostensiva. Mas a cidade do Rio de Janeiro tem se mostrado uma cidade segura com índices abaixo da média brasileira", acrescentou Padilha. Segundo Paes, a cidade tem uma característica de não esconder os defeitos. “O Rio é uma cidade onde as pessoas querem estar. Isso vai consolidando o papel do Rio como um grande centro de encontros internacionais ", disse. 

O Rio e os Emirados Árabes Unidos 

Durante a entrevista, o prefeito do Rio também elogiou a posição dos Emirados Árabes Unidos no Brasil. “A gente olha para os Emirados Árabes Unidos como um grande parceiro do Brasil”, afirmou Paes. Classificando Dubai e Abu Dhabi como cidades globais, o prefeito disse que sua visão oferece oportunidades de intercâmbio. Eduardo Paes, que participou da COP28, também destacou a importância de ver um país como os Emirados Árabes Unidos enfrentar os desafios ambientais. “Tudo isso é muito importante, portanto foi uma experiência incrível”, concluiu Paes, que está liderando as pesquisas para ser reeleito como prefeito do Rio de Janeiro nas próximas eleições municipais em outubro. Turismo, Diplomacia e Relações Internacionais.

 Além da infraestrutura, com a realização do G20, a cidade do Rio de Janeiro também se beneficia da diplomacia, estreitamento de relações internacionais e incremento do turismo trazidos pelo evento global. “O turismo é importante para o Rio. É importante para o Rio porque através da porta do turismo você atrai investimento, você faz com que a pessoa volte uma ou duas vezes. 

O Rio de Janeiro não é só um balneário”, afirmou Lucas Padilha, presidente do Comitê do G20. Neste sentido, a expectativa da Prefeitura do Rio de Janeiro é de que mais de 14 milhões de passageiros passem pelo Aeroporto Internacional do Galeão este ano. Esse número também é impulsionado pela companhia aérea Emirates que, pela primeira vez, criou o programa stopover para a cidade, permitindo que passageiros que vão para outro. 

destino possam ficar de um a cinco dias no Rio, sem custo tarifário adicional. Iniciativas que são comemoradas pelo presidente do Comitê do G20. “Isso é arrecadação, isso é desenvolvimento. Isso faz com que a prefeitura consiga arrecadar mais impostos ao mesmo tempo também que ela consegue investir mais e atrair investimento privado, que é o mais importante. Então, por exemplo, a importância de novos voos para os Emirados, novos voos para Riad, para Arábia Saudita, saindo do Galeão, isso diminui o custo logístico, isso aumenta a exportação através do Rio”, explica Padilha. 

Do ponto de vista diplomático, a cidade do Rio de Janeiro tem aproveitado o bom momento com a exposição global para se preparar para o G20 recebendo outros eventos importantes, como o FII Priority que terminou essa semana e reuniu quase 1.500 líderes globais, inovadores e empreendedores da região do Golfo no famoso hotel Copacabana Palace. “Estamos aqui na FII com presença de países importantíssimos da região do Golfo, como os Emirados Árabes e isso é um ato preparatório para o G20, preparatório porque os protocolos de segurança estão no lugar, mas também quem quiser tratar de G20 que venha para o Rio”, expressou o presidente do Comitê do G20 que completou dizendo que há “um legado positivo, de um evento diplomático. É a Olimpíada da Economia e da Diplomacia, o G20 é a Olimpíada da Diplomacia”, em alusão ao fato de a cidade ter sediado os Jogos Olímpicos em 2016. Para o prefeito do Rio Janeiro, a cidade é um ator internacional de destaque que lidera discussões importantes num mundo globalizado e multipolar. “As grandes trocas, os desafios do mundo, incluindo aqueles que dizem respeito às mudanças climáticas, transição energética, eles se dão a partir de cidades. 

Portanto, o Rio tem uma capacidade de tratar desses temas, de lidar com esses temas, e já ocupa esse espaço na arena do debate mundial de cidades”, afirmou Eduardo Paes. Com o bom-humor característico que é uma marca conhecida do prefeito do Rio Janeiro, Paes alinha a projeção internacional e poder de interlocução da cidade com o desenvolvimento da economia e da política do governo brasileiro que ele chama “de um Brasil que se desenvolve, que é um lugar que tem um protagonismo e que pode liderar para que a gente conserte um mundo melhor do que o mundo que a gente está vivendo hoje.” Em tom descontraído, o prefeito do Rio de Janeiro analisa o potencial desse novo cenário. “Acho que esse chamado sul -- e charmoso sul global -- pode fazer muita diferença nas relações do mundo hoje”, concluiu Eduardo Paes.

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