Ricardo Cappelli afirmou que está acelerando a mudança no quadro de funcionários no Gabinete de Segurança Institucional. O ministro interino do GSI, que substituiu Gonçalves Dias após o general pedir afastamento da chefia, concedeu entrevista para o repórter Túlio Amâncio, na BandNews, nesta terça-feira (25).
“O ex-ministro havia trocado 35% do efetivo, no meu terceiro dia útil estou levantando informações para acelerar a oxigenação e renovação dos quadros do GSI e assim o farei nos próximos dias”, comenta. Segundo Cappelli, o pedido para acelerar a mudança no quadro foi do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro interino do GSI citou que o general Gonçalves Dias pediu afastamento para que não houvesse dúvidas na credibilidade do processo de investigação dos fatos dos ataques de oito de janeiro. “É claro que houve alguma falha da segurança do GSI no dia oito, houve. Mas não é possível tentar transformar vítimas em culpados”, afirma.
"Pode ter havido uma falha de segurança, mas não é possível inverter, transformar vítimas em culpados. A culpa é de quem conspirou contra a democracia brasileira e em especial o comandante-chefe das Forças Armadas até o dia 31 de dezembro. Foi ele que permitiu que acampamentos fossem montados nos quartéis”, pontua.
Capelli também comentou os vídeos divulgados pelo GSI. Segundo ele, as imagens de câmeras de segurança “mostram o que o Brasil inteiro já sabe: que houve uma tentativa criminosa de golpe de Estado, de ataque às instituições democráticas em oito de janeiro”.
Para ele, esta é uma conspiração que começou logo após às eleições. “O dia oito começou muito antes, na véspera das eleições, quando foi permitido que se montassem acampamentos golpistas, criminosos, em frente aos quartéis do Exército em todo o Brasil”, afirma.