Novas gravações telefônicas revelam conversas do atacante Robinho com amigos sobre a noite em que teria acontecido o estupro de uma mulher, em uma boate na Itália, em 2013.
O jogador sabe bem que pode sair impune da acusação de crime sexual. Mesmo se for condenado na última instância da Justiça italiana, o jogador não deve ser preso se continuar no Brasil. A constituição brasileira não permite a extradição de cidadãos nascidos no país. Em uma transcrição de uma conversa telefônica gravada com autorização judicial, um ano após o crime, obtida pelo portal UOL, Robinho conta a um amigo que disse para Ricardo Falco, também condenado pelo crime, voltar para o Brasil para não ser preso.
Em outras conversas, Robinho ainda ri e usa termos depreciativos ao falar sobre a noite de janeiro de 2013, quando uma mulher albanesa de 23 anos teria sido vítima de violência sexual de grupo.
Segundo a decisão de 2017 da Justiça italiana, Robinho e cinco amigos tiveram relações sexuais não consentidas com a mulher, que comemorava seu aniversário em uma boate em Milão.
A condenação de nove anos de prisão foi confirmada ontem, 10, pela corte de apelação na Itália. A defesa agora vai recorrer à terceira instância.
Robinho nega o estupro e diz que a relação sexual foi consentida. Em outubro, o Santos anunciou a contratação do jogador, mas o acordo foi suspenso depois da repercussão negativa.