Laranjas utilizados em golpes de WhatsApp ficam com pelo menos 15% do valor depositado nas contas bancárias. Na última quarta-feira, 11, o repórter da BandNews FM Pablo Fernandez conseguiu conversar, por SMS, com quem havia clonado a conta dele.
A fraude aconteceu de uma forma simples: em uma ligação, o criminoso se passou por funcionário de um instituto de pesquisa e avisou, após o questionário, que enviaria um código de confirmação pelo celular.
Depois disso, o bandido passou a pedir dinheiro para os contatos do WhatsApp e informou duas contas diferentes, uma da Caixa Econômica e outra do BMG.
Na troca de mensagens, a pessoa que clonou o aplicativo afirmou, entre outras coisas, que está presa, que clonar celulares é a sua profissão, que os donos da conta e do número são laranjas e que eles ficam com 15% do valor obtido. E ele ainda deu um conselho: "coloca senha no seu WhatsApp".
O mesmo aconteceu com a aerterapeuta Helenice Alvarenga que caiu no golpe ao receber uma ligação e aceitar um voucher falso de um restaurante que gostava de frequentar.
O colunista de tecnologia da BandNews FM e fundador do site Olhar Digital, Wharrysson Lacerda, diz que esse tipo de golpe é o mais comum no WhatsApp. Por isso, segundo ele, é importante ter a chamada verificação em duas etapas.
Dados da PSafe, especializada em segurança digital, apontam que só no ano passado mais de oito milhões e meio de brasileiros foram vítimas de clonagem de WhatsApp.
O WhatsApp pede a quem teve o aplicativo clonado enviar e-mail para support@whatsapp.com.
A Secretaria de Segurança Pública, por sua vez, informa o que o caso descrito na reportagem será investigado e que, se alguém tiver sido vítima desse tipo de golpe, deve registrar Boletim de Ocorrência pela internet ou presencialmente.