O empresário e influenciador fitness Renato Cariani se pronunciou, na tarde desta terça-feira (12), sobre a operação da Polícia Federal (PF) que culminou no cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dela e na empresa a qual é sócio, a Anidrol. As autoridades investigam um esquema de tráfico de droga e desvio de produtos químicos para a fabricação de crack.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Cariani foi surpreendido com a operação e que ainda não teve acesso ao inquérito, já que, segundo o influencer, corre em segredo de justiça. Na gravação, o suspeito diz que outras empresas e sócios da Anidrol são alvos da mesma investigação.
“Pela manhã, fui surpreendido com o cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas, estão sendo investigadas num processo que eu não sei porque ele corre em segredo de justiça. Eu sofri busca e apreensão porque sou um dos sócios. Então, todos os sócios, sofreram busca e apreensão”, disse o empresário.
Em outro momento do vídeo, Cariani reforça que a empresa investigada é sólida e cumpre todas as exigências legais, além de possuir certificações nacionais e internacionais.
“É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa. É quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais. É uma empresa que trabalha totalmente regulada. Para mim, para minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa, como foi para você também”, considerou Cariani.
Entenda a investigação
O principal alvo da operação da PF é a empresa Anidrol, indústria química sediada em Diadema, na Grande São Paulo. Além de sócio do empreendimento, Cariani atua como influencer nas redes sociais. Em apenas uma delas, ele possui mais de 7 milhões de seguidores.
Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Segundo a investigação, o esquema fazia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos e usava “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.
Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da suposta organização criminosa. A PF calculou o desvio de 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila) que seriam destinados à produção de mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.